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Determinando a Idade Absoluta do Asteroide Itokawa – Space Today TV Ep.1431

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Em 2003, a JAXA lançou a missão Haybusa, o objetivo chegar no asteroide Itokawa, recolher uma amostra dele e mandar para a Terra.

Em Novembro de 2005, ela conseguiu recolher essa amostra, e em Junho de 2010 a cápsula com a amostra do asteroide chegou na Terra.

Desde então as amostras veem sendo estudadas exaustivamente.

E agora, um grupo de cientistas japoneses conseguiu determinar a idade absoluta do asteroide Itokawa com as amostras recolhidas pela missão Hayabusa.

Os cientistas estudaram os minerais de fosfato encontrados no asteroide.

E fizeram então a análise dos isótopos de urânio e chumbo.

O urânio e o chumbo possuem isótopos com meia vida de 4.47 bilhões de anos e com meia vida de 700 milhões de anos.

Assim, os cientistas conseguiram determinar que os minerais de fosfato cristalizaram durante metamorfismo térmico ocorrido a 4.64 +- 0.18 bilhões de anos atrás e posteriormente passaram por um metamorfismo devido a um evento catastrófico de colisão com outro corpo a 1.51 +- 0.85 bilhão de anos atrás.

A mineralogia e a geoquímica do Itokawa lembram a dos meteoritos contritos encontrados na Terra.

Porém, essa onda de choque registrada a 1.5 bilhão de anos atrás difere das ondas de choque já registradas nos contritos que datam de 4.2 bilhões de anos atrás.

Isso mostra que a evolução do Itokawa foi diferenciada.

Esse estudo é muito importante pois ele estabelece restrições importantes, e uma janela de tempo para se estudar os asteroides.

É uma medida de idade absoluta e direta de um NEA (Near Earth Asteroid).

E esse estudo faz com que os cientistas possam estudar de maneira direta a história, a origem e a evolução dos asteroides, como eu falei, é aí, nos asteroides que está registrada a história do nosso sistema solar, portanto entendendo a sua origem e evolução estamos entendendo a nossa própria história.

Fonte:

https://phys.org/news/2018-08-particles-hayabusa-absolute-age-asteroid.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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