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DETECTAMOS UMA FRB DENTRO DA VIA LÁCTEA? | SPACE TODAY TV EP2204

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As FRBs continuam intrigando os astrônomos.
Para quem está chegando agora aqui no canal, e não sabe do que estamos falando é o seguinte.
A astronomia tem muitos mistérios, fenômenos, que os astrônomos ainda não sabem explicar e no topo dessa lista, junto com a matéria escura e com a energia escura, talvez, estejam as FRBs.
FRB é uma sigla para Fast Radio Bursts, ou Explosões Rápidas nas Ondas de Rádio.
São fenômenos que chamamos de transientes que acontecem muito rapidamente na casa dos milissegundos, mas que liberam uma grande quantidade de energia.
As FRBs começaram a ser detectadas em 2007, não temos tantas ainda detectadas, mas mesmo assim elas são um grande mistério.
Algumas são repetidas, algumas já detectamos a fonte, mas nada que se possa comprovar ainda.
As explicações vão desde supernovas até motores de naves alienígenas, que ao acelerarem emitem essas explosões.
Para tentar resolver esse mistério, em 2017 foi inaugurado um rádio telescópio no Canadá chamado de CHIME, e desde a sua inauguração ele vem detectando mais FRBs.
Lembrando que só com uma bela amostragem é que poderemos realmente definir o que são, a sua natureza e a sua origem.
Nessa curta história das FRBs, os astrônomos estão quase que convencidos que sejam as magnetars as responsáveis pelas FRBs.
Magnetars são estrelas de nêutrons altamente magnetizadas, e quando a sua crosta estelar sofre um tipo de sismo, acontece então a FRB que detectamos aqui.
Então, se as FRBs já causavam confusão, agora então a confusão aumentou.
No dia 28 de abril de 2020, o CHIME, detectou uma FRB, que foi tão forte, que mesmo ele não estando apontado para a sua origem ele a detectou.
Um dia antes, no dia 27 de abril de 2020, o Swift Burst Alert Telescope, detectou uma série de explosões de raios gama vindas da mesma região do céu, e além disso, raios-X também foram detectados.
Todas essas emissões estavam relacionadas com um objeto, uma magnetar, conhecida como SGR 1935+2154, localizada a 30 mil anos-luz de distância da Terra.
Tem muita coisa, muito interessante nisso.
Primeiro, se for do mesmo objeto, será a primeira vez que se tem uma FRB relacionada com emissões de raios-gama e raios-X.
Segundo, será possível confirmar que as magnetars são as origens das FRBs.
Terceiro, seria uma FRB detectada dentro da nossa galáxia, algo inédito até o momento, pois todas até agora são extragalácticas.
O ponto é que até agora, nada disso pode ser confirmado, pois, os astrônomos ainda não analisaram completamente o espectro e a forma de onda do sinal para ver se se ajusta com uma FRB.
Muitas coisas prejudicam a análise, o fato do CHIME não ter sido voltado para esse ponto do céu, então ele viu meio de rabo de olho, e também o fato do sinal nos outros comprimentos de onda não serem tão fortes, o que causa uma incerteza na análise da origem da FRB.
Tudo isso só faz com que as FRBs sejam ainda mais intrigantes.
E tudo indica que o mistério está perto do fim.
Como eu falei desde que o CHIME foi inaugurado, esse rádio telescópio vai entrar para a história pois será o responsável por resolver um dos grandes mistérios da astronomia atual.
E para você, essa é uma FRB mesmo, e ela foi década dentro da galáxia mesmo? Deixe nos comentários.
FONTE:
http://www.astronomerstelegram.org/?read=13687
https://www.iflscience.com/space/we-may-have-detected-a-fast-radio-burst-coming-from-inside-the-milky-way/
https://earthsky.org/space/fast-radio-burst-detected-within-milky-way

#FRB #CHIME #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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