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As galáxias no universo estão distribuídas na forma de uma complexa rede de nós, conectados por filamentos, que são separados por vazios gigantescos.
Tudo isso é conhecido como a teia cósmica.
Acredita-se que esses filamentos contenham quase toda a matéria ordinária do universo, a chamada matéria bariônica, matéria essa que se apresenta na forma de um gás quente e difuso.
O problema para os astrônomos é que o sinal emitido por esse gás difuso é fraco, na verdade, entre 40 a 50% dos bários continuam sem ser detectado.
Esses são os bárions perdidos, escondidos na estrutura de filamentos da teia cósmica.
Uma maneira de detectar essa matéria perdida do universo, seria através das emissões de raios-X da parte quente desses bárions que está nos filamentos.
Como a emissão é muito fraca é preciso ter, primeiro uma grande quantidade de dados e em segundo lugar uma boa técnica de se analisar esses dados.
E é isso que um grupo de pesquisadores pode ter conseguido fazer agora.
Eles usaram 20 anos de dados e uma técnica estatística inovadora para tentar encontrar a matéria perdida do universo.
Os dados utilizados foram sinais de raios-X obtidos pela pesquisa ROSAT2 que analisou cerca de 15000filamentos cósmicos de grande escala dentro do programa de estudo de galáxias conhecido como SDSS3.
Os pesquisadores usaram a correlação espacial entre a posição dos filamentos e a emissão de raios-X associada para tentar encontrar uma evidência da presença do gás quente na teia cósmica e pela primeira vez mediram a temperatura.
Essas análises confirmam dados anteriores e detecções indiretas feitas pela mesma equipe que usou a radiação cósmica de fundo para tentar detectar o gás quente na teia cósmica.
Esse estudo é muito importante, pois pode ter desenvolvido uma metodologia que pode ser aplicada no futuro em dados de melhor qualidade que podem ser usados para detectar o gás quente na teia cósmica.
E isso é de suma importância quando se pretende entender como toda a estrutura de filamentos evoluiu com o passar do tempo no universo, ou seja, fornece uma ideia da própria evolução do universo.
Fonte:
https://phys.org/news/2020-11-hidden-universe.html
https://www.aanda.org/articles/aa/pdf/2020/11/aa38521-20.pdf
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