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18 de dezembro de 2024

Cordas Cósmicas São Rachaduras Ultra-Finas e Ultra-Massivas no Universo

Cordas cósmicas são linhas de falhas teóricas no universo, elas fazem a ligação entre diferentes regiões do espaço criados nos momentos depois do Big Bang. Porém elas podem deixar o campo da teoria em breve, quasares distantes têm mostrado impressões digitais dessas cordas.

Comparado com as cordas cósmicas os buracos negros parecem objetos absolutamente sensatos. Essas cordas – nenhuma relação com as cordas subatômicas da física teórica – são objetos unidimensionais, o que significa que elas têm comprimento, mas não têm altura ou largura. Elas são na verdade defeitos de fábrica do universo, um subproduto do resfriamento do universo instantes depois do Big Bang. A maneira mais fácil de pensar sobre essas cordas é vê-las como o equivalente cósmico de fraturas no gelo de um lago congelado.

Logicamente é muito complicado capturar todas as complexidades da unidimensionalidade dessas feições. Como as cordas não tem largura nem altura, elas são extremamente estreitas de modo que até um fóton pareceria gordo. Essas cordas também são densas, cordas que tenham 1 km de comprimento podem ter o peso muito maior que o peso da Terra. Essas cordas se expandem juntamente com o universo, elas podem se esticar alcançando o comprimento do universo conhecido em uma linha mais ou menos reta, ou formar anéis massivos milhares de vezes maior que as galáxias.

Não é possível observar diretamente essas cordas, mas pesquisadores na Universidade de Buffalo, dizem que podem encontrar provas indiretas da sua existência. Eles estudaram 355 quasares – galáxia com um brilho incrível com um buraco negro supermassivo no seu centro – localizados nos cantos mais distantes do universo visível. Todos os quasares emitiam jatos massivos de energia em uma direção particular, e através de um estudo muito cauteloso, foi possível definir as direções dos jatos.

De todos os objetos estudados 183 dos jatos desses quasares formaram um par de enorme anéis no céu, sugerindo que existam duas estruturas massivas circular – ou que existiam – para desse modo orientar a direção dos jatos. Os únicos candidatos conhecidos que podem dar origem a essas estruturas colossais são as cordas cósmicas, fornecendo assim a evidência indireta que elas existam. Se a existência das cordas cósmicas forem mesmo confirmadas, se terá tido um grande avanço para melhorar o entendimento sobre a formação das primeiras galáxias.

Essa não é uma prova final, alguns cientistas como Tanmay Vachaspati da Arizona State são cépticos quanto a existência das cordas cósmicas que se formaram nanosegundos após o Big Bang e poderia durar tempo suficiente para afetar quasares dessa maneira. Mas essa nova hipótese fornece previsões que podem ser testadas, e exploradas e esses anéis dos quasares poderiam eventualmente ser para as cordas cósmicas o que a Cygnus-X1 foi para os buracos negros.

Fonte:

http://io9.com/5661564/cosmic-strings-are-super+massive-ultra+thin-cracks-in-the-universe

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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