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22 de dezembro de 2024

Comparação Entre o Imageamento Orbital e de Sobrevoo Feito Pela Sonda MESSENGER em Mercúrio

A imagem superior do conjunto de duas imagens acima, mostra um exemplo das limitações existentes em se fazer imagens durante o sobrevoos de sondas espaciais, nesse caso sobre o planeta Mercúrio. Embora a cobertura do planeta Mercúrio feita pelos sobrevoos das sondas MESSENGER e Mariner 10 chegue a aproximadamente 98% da superfície, essas imagens foram obtidas com resolução variável e com condições de iluminação que as vezes gera geometrias extremas. Essa cena registrada nas coordenadas 74?N, 336?E de Mercúrio, mostra uma região imageada durante o segundo sobrevoo no planeta em seu segundo sobrevoo, mas o fato da região estar localizadas nas altas latitudes do planeta fez com que o reconhecimento de feições em sua superfície fosse uma tarefa difícil de ser cumprida. A cena tem aproximadamente 275 km de comprimento.

A imagem inferior mostra, por sua vez, o mesmo terreno e as vantagens da perspectiva global. As imagens orbitais da sonda MESSENGER forma sobrepostas à imagem superior. Mesmo para regiões previamente imageadas da superfície, as observações orbitais revelam novos níveis de detalhe. Essa região é parte das extensas planícies no norte do planeta e as evidências para uma origem vulcânica da região podem ser agora observadas. Alguns exemplos de crateras fantasmas, ou seja, crateras pré-existentes que foram soterradas pelo preenchimento das planícies, são vistos perto do centro do mosaico. Como a sonda está em órbita do planeta ela pode registrar inúmeras imagens da mesma região, assim com uma cobertura maior, os detalhes podem se revelar, no caso de sobrevoos, se em um determinado sobrevoo não foi possível imagear com perfeição determinado alvo, isso só acontecerá num sobrevoo seguinte e se as condições permitirem.

Fonte:

http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=2&gallery_id=2&image_id=535

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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