Uma das grandes questões da astronomia, astrofísica, cosmologia e que ainda não tem uma resposta definitiva, é sobre como os buracos negros supermassivos se formaram e como eles conseguiram se formar tão rapidamente.
Uma equipe de astrônomos usou o Telescópio Espacial Hubble, o Chandra e o Spitzer da NASA para descobrir o que seriam até o momento as melhores evidências das sementes que deram origem a esses gigantes cósmicos.
A formação dos buracos negros supermassivos é intrigante, pois os astrônomos observam galáxias do início do universo, e essas galáxias possuem esses objetos em seus núcleos, como isso seria possível?? Como esses buracos negros poderiam crescer de maneira tão rápida?
Existem atualmente duas teorias sobre a formação dos buracos negros supermassivos.
A primeira teoria diz que as sementes com massa de centenas de vezes a massa do Sol, foram se agregando, se fundindo com buracos negros menores e cresceram se alimentando do gás e da poeira ao redor. O problema dessa teoria é que ela falha ao tentar explicar como a taxa de crescimento desses buracos negros seria elevada no início do universo.
A segunda teoria diz que essas sementes já eram gigantescas, com uma massa de aproximadamente 100000 vezes a massa do Sol e se formaram pelo colapso de massivas nuvens de gás, assim o buraco negro teria um crescimento rápido no início da sua vida e em seguida voltaria a crescer numa taxa normal.
Ao analisar os dados do Hubble, do Spitzer e do Chandra, de uma maneira inovadora e junto com modelos computacionais teóricos, os astrônomos descobriram dois objetos com uma massa de 100000 vezes a massa do Sol e a 1 bilhão de anos depois do Big Bang. O que faz deles os melhores candidatos até o momento a sementes de buracos negros supermassivos, além de se ajustarem muito bem à segunda teoria proposta para o nascimento desses gigantes do universo.
Óbvio que os astrônomos não podem cravar a resposta apenas com dois exemplares, será necessário descobrir mais amostras para se ter uma população estatisticamente confiável e para isso os astrônomos acreditam que com o James Webb e com os telescópios de nova geração com 30 metros de diâmetro, eles possam identificar mais candidatos.
Mas, até o momento, esses são os melhores exemplos que os astrônomos têm, e a teoria de que os buracos negros supermassivos já nascem grandes ganha cada vez mais força.
Fontes:
http://www.spacetelescope.org/news/heic1610/
http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2016/19/
http://chandra.harvard.edu/photo/2016/bhseeds/