A onda de choque da explosão do meteoro ocorrida na Rússia, no última dia 15 de Fevereiro de 2013 enviou ondas subsônicas através da atmosfera que literalmente viajaram meio mundo.
Mais de 11 sensores, espalhados na Groelândia, África, na Península Kamchatka na Rússia e em outras regiões do mundo, detectaram o infrassom emitido pela explosão do meteoro na Rússia, ou seja, detectaram as ondas de som de baixa frequência. Os sensores são parte da rede global de 60 estações de infrassom mantidas pela Comprehensive Nuclear Test Ban Treaty Organization (CTBTO).
Os infrassons de longos comprimentos de onda, aproximadamente de 20 a 0.01 Herstz podem viajar longas distâncias na atmosfera, em frequências que o ser humano não pode ouvir. Os elefantes, as baleias e até mesmo os pinguins usam o infrassom para comunicação e navegação como já descobriram os cientistas.
A CTBTO depende de matrizes de infrassom para ajudar a determinar a localização e o tamanho das explosões atmosféricas. Explosões feitas pelo homem, como bombas, produzem um diferente padrão de infrassom do que as bolas de fogo naturais como os meteoros.
Com base na análise dos registros de infrassom, os cientistas da NASA concluíram que a bola de fogo liberou uma energia aproximada de 300 kilotons, disse Bill Cooke, líder para o Meteoroid Environments Office no Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Ala.
Essa energia é aproximadamente entre 20 a 25 vezes mais poderosa do que as bombas atômicas jogadas no Japão na segunda grande guerra, mas ainda é menor do que a explosão do meteoro em Tungunska em 1908 que liberou entre 10 15 megatons de energia, algo equivalente ao artefato Castle Bravo, a bomba atômica mais poderosa testada pelos EUA.
“Essa foi uma explosão moderada”, disse Paul Chodas, cientista no Near Earth Object Program Office no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia.
Fonte:
http://www.space.com/19852-russian-meteor-infrasound.html