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Como A Exploração Espacial Ajuda a Lutar Contra O Câncer de Mama – Space Today TV Ep.1549

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A ciência é algo realmente maravilhoso. O que você utiliza numa área muito técnica e restrita a poucas pessoas, pode muito bem ser aplicado em áreas que tenham um papel muito mais importante na vida das pessoas.

Por exemplo, ao estudar enzimas descobertas nas fontes hidrotermais do Parque Nacional de Yellowstone, os pesquisadores desenvolveram uma técnica de replicação de DNA, muito usada por cientistas forenses para analizar a cena de um crime.

E o mesmo acontece com a exploração espacial, muitas técnicas, equipamentos e softwares desenvolvidos para o setor espacial têm uma aplicação direta e muito importante em várias outras áreas, principalmente na medicina.

E um belo exemplo disso, é o nosso querido Telescópio Espacial Hubble. Usado para fazer imagens espetaculares do universo, ele teve um começo de vida perturbado.

Para quem não sabe, quando foi lançado em 1990, o Hubble foi para o espaço sem os devidos testes, e o seu espelho não estava perfeito, ou seja, as imagens que ele obtinha eram todas borradas.

Em Terra, foi desenvolvido um software de análise de imagens para corrigir aquelas captadas pelo Hubble, até que ele fosse reparado em 1993.

E a técnica de processamento de imagens usada para resolver o problema com o Hubble, logo encontrou outra importante aplicação, tornar as mamografias mais precisas.

E estou fazendo esse vídeo aqui no final do mês de Outubro para celebrar o Outubro rosa na luta contra o câncer e aproveitar para novamente comemorar a volta ao trabalho do Hubble.

A técnica de processamento desenvolvida para o Hubble conseguia aumentar a resolução espacial das imagens e o range dinâmico delas isso aplicado à mamografia fez com que os médicos pudessem detectar mais claramente calcificações menores do que eles podiam antes, levando a uma detecção e ao tratamento antecipado, o que no caso do câncer é fundamental.

Além disso, o sensor CCD que faz as imagens do Hubble, também é utilizado na mamografia, esses sensores permitem que os médicos façam biópsias usando apenas uma agulha ao invés de uma cirurgia.

Além disso, o JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia, que desenvolve boa parte das sondas e equipamentos que vão para o espaço, também contribui diretamente com a medicina.

Um dos desenvolvimentos do JPL foi criar uma maneira de detectar contaminações terrestres no espaço, nessa técnica existe uma tecnologia de sequenciamento de genoma que é limpa e capaz de analizar níveis microscópicos de biomassa.

Imediatamente os médicos que trabalham com câncer de mama, viram uma bela aplicação, usar essa técnica para detectar microorganismos nos dutos localizados nos seios onde podem estar os microorganismos ligados ao câncer.

Outra tecnologia desenvolvida pelo JPL chamada de Quantum Well Infrared Photodector ou QWIP, é usada para descobrir, por exemplo, cavernas em Marte e estudar emissões vulcânicas na Terra, por meio de uma espectroscopia infravermelha.

Quando aplicada na medicina o sensor QWIP pode detectar pequenas mudanças no fluxo de sangue nos seios, um sinal de câncer de mama, a notícia boa é que essa detecção é feita bem antes, e isso é importante para garantir o tratamento antecipado e salvar o paciente em muitos casos.

Todos esses avanços na área espacial, aplicados na medicina, garantem uma economia de aproximadamente 1 bilhão de dólares por ano no custos nacionais com a área de saúde.

Ou seja, além de ajudar a entender os mistérios do universo, salvar pacientes com câncer, ajuda também a salvar um país inteiro, reduzindo custos que podem ser aplicados em outras áreas.

Por isso, antes de criticar a NASA, antes de criticar as pessoas que se interessam com exploração espacial, pare e pense, pense muito bem, pois é aí que pode estar a salvação para você mesmo que critica tanto.

#MeetESO #OutubroRosa

Fonte:

http://mentalfloss.com/article/560387/how-hubble-space-telescope-helped-fight-against-breast-cancer

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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