De acordo com o Professor Daniel P. Whitmire da Universidade do Arkansas, o suposto Planeta Nove pode ter disparado uma chuva de cometas e que pode ter ligação com as extinções em massa na Terra em intervalos de cerca de 27 milhões de anos.
Apesar dos astrônomos estarem procurando pelo Planeta Nove a mais de um século, a possibilidade dele existir chegou mais perto da realidade recentemente quando o Dr. Konstantin Batygin e o Professor Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia inferiram a sua existência com base nas anomalias orbitais identificadas em objetos do Cinturão de Kuiper.
Se os astrônomos da Caltech estiverem certos, o Planeta Nove é um gigante gasoso, 10 vezes mais massivo que a Terra e poderia atualmente estar 1000 vezes mais distante do Sol.
O Professor Whitmire e seu colega, o Dr. John Matese, publicou uma pesquisa pela primeira vez ligando o Planeta Nove e as extinções em massa na edição de 3 de Janeiro de 1985 da revista Nature.
Na época existiam três explicações propostas para explicar a chuva de cometas regulares: um planeta desconhecido, a existência de uma estrela irmã do Sol, e oscilações verticais do Sol enquanto orbita o centro da galáxia.
As últimas duas ideias subsequentemente foram eliminadas pelas inconsistências com os registros paleontológicos.
Somente a existência do Planeta Nove permaneceu como uma hipótese viável, e está agora ganhando uma atenção renovada.
A hipótese é que à medida que o Planeta Nove orbita o Sol, sua órbita inclinada lentamente rotacional e o planeta passa através do Cinturão de Kuiper de cometas a cada 27 milhões de anos, enviando cometas para o Sistema Solar interno.
Os cometas jogados do Cinturão de Kuiper não somente se chocaram com a Terra, eles também se desintegraram no Sistema Solar interno à medida que eles chegavam perto do Sol, reduzindo a quantidade de luz do Sol que chegava à Terra.
Em 1985, uma olhada no registro paleontológico suportou a ideia de uma chuva de cometas regulares com data de 250 milhões de anos.
Pesquisas mais novas mostram evidências de que esses eventos são mais antigos, datados de 500 milhões de anos.
O Professor Whitmire e o Dr. Matese publicaram suas estimativas sobre o tamanho e a órbita do Planeta Nove em seu estudo original.
Eles acreditavam que ele teria entre 1 e 5 vezes a massa da Terra, e estaria 100 vezes mais distante do Sol, número bem menores se comparados com as estimativas de Batygin e Brown.
O que é realmente instigante é a possibilidade de que um planeta distante possa ter uma influência significante na evolução da vida na Terra.
O Professor Whitmire, disse que trabalha com isso a 30 anos, e que quando chegarem a uma resposta final ele gostaria de escrever um livro sobre o assunto.
Fonte:
http://www.sci-news.com/astronomy/planet-nine-earths-periodic-mass-extinctions-03744.html