Esse é o último mapa de Plutão criado de imagens feitas de 27 de Junho a 3 de Julho de 2015 pelo Long Range Reconnaissance Imager (LORRI) da sonda New Horizons, combinado com os dados coloridos de resolução mais baixa do instrumento Ralph da sonda. O centro do mapa corresponde ao lado de Plutão que será visitado em detalhe pela New Horizons durante o sobrevoo do dia 14 de Julho de 2015.
Esse mapa dá aos cientistas da missão uma ferramenta importante para decifrar os complexos e intrigantes padrões de marcas brilhantes e escuras observados na superfície de Plutão. As feições de todos os lados de Plutão podem agora ser vistas de uma vez só e de uma perspectiva consistente, fazendo muito fácil de comparar seus tamanhos e tamanhos.
A área escura alongada informalmente conhecida como “a baleia”, ao longo do equador no lado esquerdo do mapa, é uma das regiões mais escuras observadas pela New Horizons. Ela mede cerca de 3000 quilômetros de comprimento.
Diretamente à direita da “cabeça” da baleia está a região mais brilhante visível no planeta, que tem cerca de 1600 quilômetros de diâmetro. Essa pode ser uma região onde existam depósitos congelados mais frescos – talvez incluindo metano congelado, nitrogênio e/ou monóxido de carbono – formando uma cobertura brilhante.
Continuando para a direita, ao longo do equador, nós podemos ver as quatro misteriosas manchas escuras que têm intrigado o mundo, cada uma delas com centenas de quilômetros de diâmetro. Enquanto isso, a “cauda” da baleia, na parte terminal esquerda da feição escura, apresenta uma feição brilhante na forma de donut, com cerca de 350 quilômetros de diâmetro. Numa primeira olhada ela lembra uma feição circular vista em qualquer lugar do Sistema Solar, de uma cratera de impacto ou de vulcões. Mas os cientistas estão esperando para fazer qualquer interpretação mais detalhada dessas feições até que imagens mais detalhadas sejam disponíveis.
Claro que, imagens de resolução mais alta nos próximos dias permitirão que os cientistas da missão façam mapas mais precisos, mas esse mapa já é uma visão tentadora.
“Nós estamos no estágio “man in the moon” de ver Plutão”, disse John Spencer do Southwest Research Institute em Boulder, no Colorado, vice líder da equipe de Imageamento de Geologia e Geofísica. “É fácil imaginar você ver formas familiares nessa bizarra coleção de feições claras e escuras. Contudo, é muito cedo para se saber o que essas feições realmente são”.
Os leitores que usam o Google Earth podem baixar uma versão KMZ do mapa aqui:
http://pluto.jhuapl.edu/Multimedia/Google-Map/
Fonte:
http://www.nasa.gov/feature/new-horizons-map-of-pluto-the-whale-and-the-donut