Lembrando nuvens carregadas de chuva em um dia de tempestade, as linhas escuras de poeira entrecortam a gigantesca galáxia elíptica Centaurus A.
Essa visão panorâmica do Hubble se espalha pelos comprimentos de onda desde o ultravioleta até o infravermelho próximo revelando o brilho vibrante dos jovens aglomerados de estrelas azuis além de deixar com que os astrônomos possam espiar dentro das regiões normalmente obscurecidas pela poeira.
A forma distorcida do disco de gás e poeira da Centaurus A é a evidência de que no passado essa galáxia passou por colisão e fusão com outra galáxia. A onda de choque resultante fez com que as nuvens de gás hidrogênio se comprimissem e iniciassem o processo pirotécnico de formação de novas estrelas. Essas são visíveis como os pedaços vermelhos nessa imagem detalhada do Hubble.
Na distância de 11 milhões de anos-luz a Centaurus A contém o núcleo de galáxia ativo, mais próximo da Terra. O centro é o lar para um buraco negro supermassivo que ejeta jatos de gás em alta velocidade no espaço, mas nem o buraco negro supermassivo e nem os jatos por ele ejetado são visíveis nessa imagem.
Essa imagem foi feita em Julho de 2010 com a Wide Field Camera 3 do Hubble.
Fonte:
http://www.nasa.gov/multimedia/imagegallery/image_feature_2143.html