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A Solidão do Canto Sul da Lua


Observem a variedade de formas na imagem acima através do Mar Australe na Lua. O mar por si só é como uma coleção de lagos, mais do que um vasto mar continuo. Existe uma bacia sob ele, mas deve ter existido uma anterior que se cicatrizou isostaticamente – o calor da crosta inicial permitiu que as fraturas cicatrizassem e os anéis montanhosos sofressem subducção. O preenchimento de lava tem provavelmente somente um quilômetro de espessura, o que não foi suficiente para causar a subsidência para produzir os canais ao redor. Observando através do Mar Australe está a cratera Jenner na coordenada de 96? de longitude leste. Na parte mais a esquerda está a cratera Humboldt, as lavas da Humboldt são mais escuras e talvez mais jovens do que as lavas do Mar Australe. No centro da imagem estão duas crateras jovens menores com raios mais longos. Com essa iluminação e com o processamento apropriado as duas crateras raiadas são finalmente visíveis. Finalmente, na direita está o que parece ser uma estrada de ferro que distorce à distância. Esse é o Vale Rheita, uma corrente de crateras secundárias formadas por detritos ejetados da Bacia Nectaris. Esse é realmente um grande canto da Lua para se ver e entender. Abaixo está o mosaico como um todo de onde a imagem acima é apenas um fragmento.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/January+11%2C+2012


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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