Os cientistas do California Institute of Technology e UCLA descobriram evidências de campos magnéticos universais onipresentes que permeiam o espaço distante entre as galáxias desde a época do Big Bang.
O físico da Caltech Shin’ichiro Ando e Alexander Kusenko, um professor de física e astronomia na UCLA, relataram a descoberta em um artigo publicado no Astrophysical Journal Letters.
Ando e Kusenko estudaram imagens dos objetos mais poderosos so universo – buracos negros supermassivos que emitem radiação de alta energia à medida que devoram as estrelas em galáxias distantes – obtidas pelo Telescópio Espacial de Raios-Gamma Fermi da NASA.
“Nós descobrimos sinais de campos magnéticos primordiais no espaço profundo existente entre as galáxias”, disse Ando.
Os físicos por muitos anos ficaram hipnotizados com o fato de que um campo magnético universal deveria existir entre as galáxias, mas não existia nenhuma maneira de como observá-los e medi-los, pelo menos até o momento.
Os físicos produziram uma imagem composta de 170 buracos negros gigantes e descobriram que as imagens não eram tão nítidas como se esperava.
“Pelo fato do espaço ser preenchido com a radiação de fundo proveniente do Big Bang, bem como pela radiação emitida das galáxias, fótons de alta energia emitidos por fontes distantes podem interagir com os fótons de fundo e convertê-los em pares de elétron-posítron, que por sua vez interagem e se convertem de volta em um grupo de fótons mais tarde”, diz Kusenko, que é também cientista sênior no Institute for Physics and Mathematics of the Universe da University of Tokyo.
“Enquanto esse processo por si só não borra a imagem de maneira significante, mesmo um pequeno campo magnético ao longo do caminho pode defletir os elétrons e posítrons, fazendo com que a imagem fique nebulosa”, disse ele.
Dessas imagens borradas, os pesquisadores encontraram que o campo magnético médio tinha uma intensidade medida pela unidade de femto Gauss, valendo apenas um quadrilionésimo do campo magnético da Terra. Os campos magnéticos universais podem ter se formado no início do universo pouco tempo depois do Big Bang, muito antes da formação das estrelas e das galáxias, concluem Ando e Kusenko.
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