Toda feição lunar nasce pura, mas então várias coisas acontecem que modificam a sua forma original. Crateras maiores e menores a carimbam, seu interior é suavizado por material ejetado, ou lavas soerguem do manto se sobrepondo ao interior das crateras. Jennifer Whitten e seus colegas exploraram como o último processo de inundação por lavas modificou a paisagem lunar. Com dados obtidos pelo altímetro laser de alta densidade espacial da sonda LRO eles começaram o trabalho fazendo um modelo topográfico digital da Bacia Hertzprung de 11 km de profundidade (à esquerda) e então adicionaram uma lava cinzenta e virtual em camadas com 500 metros de espessura. A imagem intermediária, mostrada acima representa a bacia depois da deposição de 2 km de lava e pode-se observar que os pontos mais baixos, o interior da bacia e outras crateras também são preenchidas. Com o tempo, mais dois quilômetros de lava cobriram toda a complexidade superficial da bacia somente deixando à mostra as regiões mais elevadas do anel interno por exemplo, como pode ser visto na imagem à direita. Esse exemplo explica algo há muito imaginado, seria a lava capaz de destruir os anéis das crateras? A cratera localizada na parte superior direita do anel da bacia parece ter tido parte de seu anel destruído pela lava, mas na realidade, nesse exemplo estamos observando a inundação de um ponto mais baixo já que a cratera é inclinada na direção interna.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/February+27%2C+2012