Você já esteve de pé na frente do anel de uma cratera na Lua? Se você teve essa sorte (o que sabemos não é verdade) você lembraria de ter visto camadas de rocha nesse anel inclinadas para cima entre 30? e 40? e em alguns lugares camadas quase que verticais, mesmo a unidade rochosa sendo horizontal e se estendendo uma milha além do anel da cratera. Essas camadas de rochas forma originalmente enterradas, mas com o impacto que formou a cratera elas soergueram aparecendo então acima da superfície. Assim sendo, os anéis das crateras podem revelar camadas de rochas outrora invisíveis penetradas pela cratera. Essa nova imagem feita pela sonda LRO da parede superior da cratera Euler na Lua revela camadas enterradas na imediações do Mare Imbrium. Existem dezenas de camadas brilhantes separadas, cada uma representando um único fluxo de lava e o material mais escuro adjacente pode ser o regolito formado por impactos de pequena escala que aconteceram antes da erupção seguinte. Essa imagem demonstra que os mares não são formados por um pequeno número de grandes erupções, mas sim por um vasto número de finos, aproximadamente entre 3 a 5 metros de espessura, fluxo que esfriam completamente antes que a próxima erupção ocorra. Estima-se que os mares tenham uma espessura típica entre 3 e 5 quilômetros, algo em torno de 1000 vezes mais espesso que os fluxos individuais vistos aqui, significando que seriam necessários 1000 fluxos para preencher uma bacia de impacto como essa. Quando olhamos a idade das diferentes partes dos mares que apresentam lava exposta, chegamos a um intervalo de 1 bilhão de anos. Assim, grosseiramente, se temos 1000 erupções em um intervalo de 1000000000 de anos, isso dá uma média de intervalo entre as erupções de um milhão de anos. Com isso, se a Lua fosse ainda ativa, o que não é, a última erupção na Lua teria acontecido quando nossos ancestrais vagavam pela África em pequenos bandos de caçadores.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/August+6%2C+2011