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Breve Análise dos Picos Centrais de Crateras da Lua

Por que as crateras de impacto na Lua muitas vezes possuem picos centrais gêmeos? Da teoria, crateras de bomba atômica, e da geologia das crateras de impactos terrestres nós entendemos que os picos centrais se formam devido ao rebote de uma onda de pressão gerada pelo impacto que levanta as camadas soterradas. Idealmente, pode-se imaginar esse rebote como sendo uma série de círculos concêntricos cada um mais interno representando um aumento na intensidade do soerguimento do material, com o domo central proveniente do local mais profundo e sendo mais intensamente perturbado. Pode-se imaginar o pico central como sendo uma montanha na forma de um cone sem um cume. Mas a sombra dentro da cratera Langrenus na Lua mostra que ali existem dois picos centrais bem próximos. Outros exemplos de picos centrais gêmeos podem ser observados nas crateras Philolaus e Carpenter (mostradas abaixo nessa ordem). De fato, muitas crateras  se desviam da forma ideal de uma montanha de massa cônica. Muitos dos picos não são centrados na cratera e algumas vezes existe na verdade um campo repleto de colinas do que um pico central massivo. Pode-se supor que as condições locais das rochas atingidas pelo impacto, a obliquidade do impacto, afetam o tamanho, a forma e a localização dos picos centrais, mas esses detalhes ainda não foram investigados em detalhe.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/May+31%2C+2011

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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