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24 de novembro de 2024

Imagens da Sonda LRO Mostram Evidências de Atividades Tectônicas “Recentes” Na Lua

A Lua está totalmente morta? Desde a missão Apollo as evidências têm mostrado que a Lua cessou sua atividade vulcânica a aproximadamente 1 bilhão de anos atrás, e que grande parte da atividade tectônica cessou a aproximadamente 3 bilhões de anos atrás. Isso faz com que a Lua pareça um tanto quanto morta. De volta para os anos de 1980 podemos lembrar que Alan Binder e seus colaboradores descobriram pequenas falhas na Lua analisando as imagens de alta resolução obtidas pela câmera panorâmica da Apollo, imagens essas que demonstraram que a Lua estava contraindo. Isso era consistente com a ideia de uma Lua resfriando e contraindo que era originalmente totalmente derretida. O responsável por isso foi a tectônica mas não foi uma tectônica ativa no senso de que o calor aumentava causando as contrações, ela estava diminuindo o calor, como se fosse um último suspiro. Mas agora, imagens de altíssima resolução da câmera de ângulo restrito da sonda LRO imageou de forma surpreendente um graben, formado por vales que estão se separando devido à expansão. Os graben poderiam se formar devido a um processo global, como um planeta quente que está se expandindo, ou poderiam ser devido a um processo local de um soerguimento isolado sobre um dique ou um depósito de magma. Talvez o aspecto mais surpreendente dessas novas fraturas descobertas é que Tom Watters e os colegas desse novo estudo acreditam que os grabens sejam jovens e talvez continuem se formando até agora. Essas observações lançam dúvidas sobre a ideia de uma Lua originalmente derretida, mas as falhas ainda estão ali. Essa não é a Lua do seu avô. Isso é novo, como a evidência descoberta no último ano de água na crosta da Lua e que nos dizem que ainda existem coisas fundamentais sobre a Lua que nós não entendemos.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/February+21%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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