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24 de novembro de 2024

Atacando a Bacia Orientale na Lua

A imagem acima foi feita por Jocelyn Serot, e numa alusão a um campo de batalha ele escreveu: A famosa bacia parece com uma fortaleza aqui, com dois anéis principais formados pelo Monte Cordillera e pelo Monte Rook parecendo como se fossem verdadeiras muralhas. Continuando com essa analogia, a imagem acima pode ser explicada da seguinte maneira. A bacia Orientale é como uma fortaleza muito bem defendida guardando muito bem os seus segredos, fazendo deles praticamente inacessíveis escondidos atrás das paredes montanhosas e da curvatura planetária. Mas satélites espiões conseguiram obter imagens de cima, com a bacia mesmo parecendo um belo alvo. Além das montanhas gêmeas existe um pequeno e raso depósito. Uma missão de invasão seria difícil pela muralha da Cordillera pois ela é virtualmente contínua e embora escalar até o seu cume não fosse tão complicado, pois ela não é tão inclinada, ela é muito acidentada. Mesmo que se conseguisse chegar até o cume, a descida seria complicada, pois do outro lado o talude é íngreme e cheio de trincheiras e acidentes impossibilitando a descida. Assim, a única aproximação razoável seria pelo espaço, enviando tropas de paraquedas com retrofoguetes. O interior da bacia é considerado relativamente novo, datado de depois da última grande guerra interplanetária que terminou com o evento conhecido como Late Heavy Bombardment, ou algo como, o Último Bombardeamento Pesado. Nós precisamos ter sucesso com essa missão pois ela é crítica para aprendermos como sobrepor essas defesas circulares antes de atacarmos o forte da Caloris e Hellas no fim das longas e tênues linhas de suprimentos.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/February+19%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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