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Astrônomos Registram Uma Segunda Colisão de Estrelas de Nêutrons – Space Today TV Ep.1575

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No ano de 2017, os interferômetros lasers do LIGO e do VIRGO detectaram as ondas gravitacionais produzidas por um evento espetacular, a fusão de duas estrelas de nêutrons.

Esse evento ficou conhecido como GW170817, a fusão das duas estrelas de nêutrons, além de gerar as ondas gravitacionais, gerou também emissões em outras radiações, como raios-X, raios-gama, entre outras, e assim os astrônomos puderam caracterizar muito bem esse evento.

Para a fusão de duas estrelas de nêutrons, os astrônomos inventaram um nome, eles chamam de kilonova.

Esse evento foi um marco para a astronomia, pois pela primeira vez, a fusão de estrelas de nêutrons foi observada, além disso, pôde-se também pela primeira vez detectar as ondas gravitacionais de um evento e a sua contrapartida eletromagnética.

Os astrônomos a partir de então estavam com a assinatura de uma kilonova em mãos, ou seja, eles sabiam como deveria ser o sinal gerado pela fusão de duas estrelas de nêutrons.

E será que outra poderia ser detectada.

Uma explosão de raios-gama detectada pela primeira vez pelo Fermi em 2015, pode ser outro evento de fusão entre estrelas de nêutrons que os astrônomos descobriram agora.

Chamada de GRB 150101B, essa explosão de raios gama apresenta praticamente a mesma assinatura do evento registrado em 2017, levando os astrônomos a acreditarem que seja sim uma fusão de estrelas de nêutrons.

Embora apresentem semelhanças, esses eventos tem diferenças marcantes, entre elas a distância, enquanto a GW aconteceu a 130 milhões de anos-luz de distância da Terra.

A GRB ocorreu a 1.7 bilhão de anos-luz de distância da Terra.

E devido a essa enorme distância o LIGO não detectou sua onda gravitacional.

No caso da GRB, a contrapartida não foi a geração de ondas gravitacionais, mas sim a emissão de intensa radiação em raios-X que foi detectada pelo Chandra.

Os astrônomos acreditam que alguns eventos detectados anteriormente como explosões de raios-gamma possam ser fusões de estrelas de nêutrons, mas que não foram detectados por outros telescópios e por isso não tiveram sua fonte encontrada.

O importante disso é que os astrônomos agora sabem como é a fusão de duas estrelas de nêutrons e com isso podem caçar outras pelo universo, e assim entender um dos eventos mais extremos que ocorrem no universo.

Um fato interessante, é que até pouco tempo as GRBs eram misteriosas, não se sabia o que as geravam, agora já conseguimos saber, o mesmo acontece com as FRBs, que ainda não sabemos sua origem, mas tenho certeza que isso é questão de tempo e é um trabalho para a chamada astrofísica multimensageira.

#MeetESO

Fonte:

http://chandra.harvard.edu/photo/2018/kilonova/

Artigo:

https://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1806/1806.10624.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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