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22 de dezembro de 2024

Astrônomos Identificam O Gatilho da Supernova Mais Nova da Via Láctea – G1.9+0.3

A supernova remnant located about 28,000 light years from Earth.

Os cientistas, usaram os dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA e do Jansky Very Large Array do NSF para determinar a provável fonte da mais recente supernova na Via Láctea.

Os astrônomos anteriormente tinham identificado a G1.9+0.3 como a remanescente de supernova mais recente na nossa galáxia. Estima-se que ela tenha ocorrido a cerca de 110 anos atrás se observada desde o ponto de vista da Terra, numa região empoeirada da galáxia que bloqueia a luz visível que atinge a Terra. Essa imagem do Chandra mostra a G1.9+0.3 onde os raios-X de baixa energia são mostrados em vermelho, os raios-X de energia média são mostrados em verde e os raios-X de alta energia são mostrados em azul.

A G1.9+0.3 pertence à categoria de supernovas classificadas como Tipo Ia, uma importante classe de supernovas que exibem padrões confiáveis no seu brilho que faz delas ferramentas valiosas para medir a taxa com a qual o universo se expande. A maior parte dos cientistas concordam que as supernovas do Tipo Ia ocorrem quando as anãs brancas, as partes remanescentes de estrelas parecidas com o Sol que já esgotaram seu combustível, explodem. Contudo, existe um debate sobre o que dispara essas explosões de anãs brancas. Duas ideias primárias são a acumulação de material na anã branca a partir de uma companheira ou a violenta fusão de duas anãs brancas.

Os pesquisadores nesse último estudo aplicaram uma nova técnica que poderia ter implicações para entender outras supernovas do Tipo Ia. Eles usaram dados de arquivos do Chandra e do VLA para examinar como a remanescente de supernova G1.9+0.3 em expansão, interagem com o gás e com a poeira ao redor da explosão. A emissão de ondas de rádio e de raios-X fornecem pistas sobre a causa da explosão. Em particular, um aumento no brilho das ondas de rádio e de raios-X da remanescente de supernova com o tempo é esperado somente se uma fusão de anã branca acontece, de acordo com os trabalhos periódicos.

Esse resultado implica que as supernovas do Tipo Ia são ou todas causadas pela colisão de anãs brancas, ou são causadas pela mistura de colisões de anãs brancas e o mecanismo onde a anã branca puxa material de uma estrela companheira. Isso é importante para identificar o mecanismo que dispara as supernovas do Tipo Ia, pois, se existe mais de uma causa, então a contribuição de cada uma pode mudar com o tempo, afetando seu uso como as chamadas “velas padrões”, na cosmologia.

Fonte:

http://chandra.si.edu/photo/2016/g19/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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