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Astrônomos Descobrem Hoinga – A Maior Remanescente de Supernova Em Raios-X

Astrônomos usaram dados do telescópio de raios-X eROSITA que viaja a bordo do Observatório Spektrum-Roentgen-Gamma, o SRG, para detectar a maior remanescente de supernova já descoberta com dados de raios-X.

O principal objetivo dos pesquisadores é combinar todos os comprimentos de onda, desde as ondas de rádio, até os raios-X  para buscar por centenas das chamadas remanescentes de supernovas. O telescópio espacial eROSITA é 25 vezes mais sensível do que o seu antecessor o ROSAT, então, com ele, os astrônomos esperam descobrir novas remanescentes de supernovas nos anos que se seguem, mas a que eles descobriram agora foi realmente surpreendente.

Denominada de G249.5+24.5, e apelidada de Hoinga, a remanescente de supernova recém-detectada está entre as maiores já descobertas usando todos os comprimentos de onda, com exceção das ondas de rádio.

E no caso, em raios-X, a Hoinga é a maior remanescente de supernova já descoberta, em tamanho aparente, ela tem 90 vezes o tamanho da Lua Cheia.

Existe um grande mistério por trás das remanescentes de supernovas, que é a grande diferença entre o número esperado de supernovas a serem encontradas na Via Láctea e o número que realmente se tem detectado.

Os astrônomos esperavam encontrar cerca de 1200 remanescentes de supernovas na nossa galáxia, contudo somente 300 foram identificadas.

Quando os astrônomos vasculharam os dados de rádio de arquivo eles viram que a Hoinga estava lá esperando ser descoberta, mas por que não foi se é tão grande assim? O motivo é que ela está fora digamos do local onde se busca por remanescentes de supernovas, ela está muito acima do plano galáctico, e por isso ficou ali perdida.

Os astrônomos normalmente não esperam encontrar as remanescentes de supernovas nas altas latitudes galácticas, então essas áreas, são normalmente esquecidas nas pesquisas, significando que podem ter muito mias dessas remanescentes ali nessa região esperando serem descobertas pelos astrônomos.

Ao combinar as observações feitas em ondas de rádio com os dados em raios-X, os astrônomos conseguem ter uma identificação mais precisa das remanescentes de supernovas e conseguem também vasculhar outras regiões das galáxias.

Fonte:

http://www.sci-news.com/astronomy/hoinga-supernova-remnant-09422.html

https://www.aanda.org/articles/aa/pdf/forth/aa40156-20.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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