Muitas estrelas possuem uma órbita próxima do Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo central da Via Láctea. Em algumas galáxias, essas estrelas são arrebentadas quando elas chegam perto do buraco negro supermassivo. Outras estrelas mudam de cor devido ao intenso efeito gravitacional. E em poucos casos, as estrelas são atiradas para o espaço intergaláctico. A S5-HVS1 é uma dessas estrelas.
Um grupo internacional de cientistas registrou uma estrela com hiper velocidade, enquanto eles estudavam objetos de interesse no programa chamado de Southern Stellar Stream Spectroscopic Survey, S5. E eles não estão brincando quando falam em hiper velocidade. A estrela está se movendo a uma velocidade de 1017 km/s. Isso quer dizer que ela iria de Nova York até Sidney em apenas 15.7 segundos.
Para se mover a essa velocidade, algo precisaria acelerar. A equipe de pesquisadores tentou estimar de onde a estrela poderia vir, e com base nessa análise a explicação mais plausível é do centro da Via Láctea. O que coloca a estrela bem perto do buraco negro Sagittarius A*.
Se o nosso buraco negro supermassivo é mesmo o culpado, a estrela provavelmente foi ejetada a uma velocidade de aproximadamente 1800 km/s e foi reduzindo sua velocidade lentamente na sua viagem de 4.8 milhões de anos. A estrela, que é um objeto típico da sequência principal está localizada a aproximadamente 30 mil anos-luz de distância da Terra.
Enquanto essa é a estrela mais rápida da sequência principal, já descoberta, ela não é a única a ser ejetada. Os astrônomos já descobriram dezenas de estrelas, embora a maioria delas pareça ter sido acelerada para fora da galáxia por outros eventos e não pela interação com o Sagittarius A*. Os pesquisadores sugerem que se uma das duas estrelas do sistema binário se transforma em supernova, ela poderia dar um chute suficiente para empurrar a companheira para a longe, além do disco da Via Láctea.
Mas as estrelas não só deixam a nossa galáxia. Os pesquisadores também descobriram estrelas entrando na nossa galáxia, provenientes de galáxias menores e vizinhas. Elas poderiam ser aceleradas por uma supernova ou até mesmo por um buraco negro supermassivo que nós ainda não observamos.
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