De férias desde os testes de calibração realizados após a última missão de reparos no telescópio Espacial Hubble, ele voltou suas lentes para o planeta Júpiter, com o objetivo de fotografar a marca deixada pela colisão de um asteróide.
A mancha negra no planeta foi observada primeiramente pelo astrônomo Australiano, Anthony Wesley em 19 de julho, exatamente 15 anos depois que fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 chocaram-se de forma espetacular com o planeta gigante. Após observações realizadas pelos grandes telescópios terrestres, pôde-se então confirmar que a cicatriz deixada no planeta foi resultado da colisão de um cometa ou asteróide.
No dia 23 de julho, cientistas da NASA interromperam a fase de calibração e verificação do telescópio Hubble, com o objetivo de fazer uma imagem em alta resolução da marca deste impacto.
Imagem na luz visível feita pelo Hubble é a melhor imagem até agora do impacto em Júpiter.
Imagem: NASA, ESA and H. Hammel (Space Science Institute, Boulder, Colorado) e Jupiter Comet Impact Team.
“Pelo fato de acreditarmos que o impacto tenha uma magnitude rara, estamos muito felizes de vê-lo com o Hubble”, disse Amy Simon Miller do Centro Espacial Goddard da NASA. “Detalhes vistos na imagem do Hubble mostram uma espécie de pluma causada pela turbulência na atmosfera de Júpiter.”
A então chamada cicatriz de impacto muda sua morfologia diariamente. Combinando as imagens do Hubble com as imagens obtidas por telescópios na Terra em outros comprimentos de onda, os cientistas terão uma compreensão exata do que aconteceu com o impacto e de como os detritos estão sendo consumidos e se dispersando na atmosfera Jupteriana.
As novas imagens do Hubble também confirmam que a missão de reparos realizada em Maio foi de grande sucesso, durante essa missão, a “visão” do telescópio espacial foi melhorada com a instalação da Wide Field Camera 3 (WFC3). “Esse é apenas um exemplo do que a nova câmera instalada no telescópio pode fazer tudo isso graças ao trabalho duro dos astronautas da equipe do telescópio espacial”, disse Ed Weiler, administrador da Diretoria de Missão Científica da NASA. “Felizmente o melhor ainda está por vir!”
Simon-Miller estima que o tamanho do corpo que impactou em Júpiter tem cerca de 200 metros de diâmetro, equivalente ao comprimento de dois campos de futebol, e muito maior do que o objeto que explodiu sobre a região de Tunguska na Sibéria em 1908.
Imagem em close da mancha negra observada em Júpiter após impacto em 23 de Julho de 2009.
Imagem: NASA, ESA and H. Hammel (Space Science Institute, Boulder, Colorado) e Jupiter Comet Impact Team.
(Fonte:Universe Today)
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