Uma grande equipe de astrônomos registrou uma supernova extremamente luminosa numa galáxia massiva a cerca de 3.82 bilhões de anos-luz de distância.
A explosão recém-descoberta, denominada de ASASSN-15Ih, pertence à classe mais luminosa de supernovas, chamada de supernovas superluminosas.
“Ela parece ter originado numa grande galáxia, em contraste com a maioria das supernovas superluminosas, que normalmente se originam em galáxias anãs com formação de estrelas”, disse o Dr. Subo Dong, do Kavli Institute for Astronomy and Astrophysics e coautor do artigo publicado na revista Science que descreve a descoberta.
“Nós estimamos o raio efetivo para a galáxia de 7830 anos-luz e uma massa estelar de 200 bilhões de massas solares”.
Também conhecida como SN 2015L, a ASASSN-15lh é aproximadamente 200 vezes mais poderosa do que uma típica explosão de supernova do Tipo Ia, cerca de 570 bilhões de vezes mais brilhante do que o nosso Sol, e vinte vezes mais brilhante do que todas as estrelas na nossa galáxia combinadas.
Ela é cerca de duas vezes mais luminosa do que a supernova mais brilhante anterior, a iPTF13ajg.
“A ASSASSN-15lh atingiu uma magnitude absoluta de menos 23.5 e uma luminosidade bolométrica de 2.2 x 1045 ergs/s, o que é mais de duas vezes mais luminoso do que qualquer supernova conhecida anteriormente”, disseram os astrônomos.
“Nós nos perguntamos, como isso é possível? Ela precisa de muita energia para brilhar dessa maneira e essa energia tem que vir de algum lugar”, disse o Professor Krzystof Stanek, da Universidade Estadual de Ohio e coautor do artigo.
“A resposta honesta é que nesse ponto nós não sabemos o que poderia gerar a energia para a ASASSN-15ih”, disse o Dr. Dong.
“A descoberta pode levar a novas ideias e novas observações de uma inteira nova classa de supenrovas superluminosas”.
O Professor Todd Thompson, coautor do artigo, também da Universidade Estadual de Ohio, explicou: “A ASASSN-15lh poderia ter se formado por um tipo raro de estrela denominada de magnetar de milissegundo, uma estrela muito densa e que gira rapidamente, com um forte campo magnético”.
Para brilhar desse jeito, essa magnetar teria que girar no mínimo 1000 vezes por segundo, e assim poderia converter toda essa energia rotacional em luz com quase 100% de eficiência.
Esse seria o exemplo mais extremo de uma magnetar que os astrônomos acreditam ser fisicamente possível.
“Dadas essas condições, será que nós vamos ver algo mais luminoso que isso? Se é verdade que ela é uma magnetar, então a resposta é basicamente não”, disse o Professor Thompson.
Fonte:
http://www.sci-news.com/astronomy/asassn15lh-most-luminous-supernova-03564.html