No final da primavera e do verão no hemisfério norte, principalmente, nuvens pouco comuns se formam na alta atmosfera acima das regiões polares. À medida que a baixa atmosfera esquenta, a alta atmosfera se torna mais fria, e cristais de gelo se formam na poeira de meteoros e de outras partículas presentes no céu. O resultado é a formação das chamadas nuvens noctilucentes ou nuvens brilhantes noturnas (NLCs) – filamentos elétricos azuis que brilham na borda do espaço.
A sonda Aeronomy of Ice in the Mesosphere, ou AIM da NASA, observou as nuvens noctilucentes no dia 10 de Junho de 2015. Essa imagem é uma composição de algumas passagens do satélite sobre o Ártico, e as nuvens aparecem em várias tonalidades de azul até branco, dependendo da densidade de partículas de gelo presentes nas nuvens. O instrumento mede o albedo, ou seja, o quanto de luz é refletida de volta para o espaço pelas nuvens de alta altitude.
As nuvens noctilucentes foram descritas pela primeira vez em meados do século 19 depois da erupção do vulcão Krakatoa. As partículas vulcânicas se espalharam pela atmosfera, tornando o pôr-do-Sol mais vívido ao redor do mundo e provocando as primeiras observações conhecidas das nuvens brilhantes noturnas. As primeiras pessoas que as observaram pensaram que elas eram um efeito da erupção vulcânica, porém, muito tempo depois do vulcão ter entrado em erupção, as nuvens filamentares brilhantes, persistiam no céu.
Na última década, o AIM tem observado e medido essas formações de nuvens sazonais de alta altitude. Os pesquisadores descobriram que elas aparecem antes e se esticam até latitudes mais baixas com maior frequência. Existe alguma evidência de que esse é um resultado do aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera da Terra.
Apesar de não serem espessas o suficiente para aparecerem nas imagens do AIM, algumas nuvens noctilucentes foram visíveis por observadores em Terra na parte central dos EUA nos dias 9 e 10 de Junho de 2015.
Fonte:
http://www.nasa.gov/image-feature/night-shining-clouds