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23 de dezembro de 2024

As Mudanças na Remanescente de Supernova Cas A Observadas pelo Hubble

cas_a_change

observatory_150105O painel acima é composto de 8 imagens separadas feitas com a Advanced Camera for Surveys (ACS) do Telescópio Espacial Hubble, e mostra a remanescente de supernova Cas A como um anel quebrado de brilhante material ejetado estelar aglomerado e filamentar. Esses enormes filamentos de detritos brilham com o calor gerado pela passagem da onda de choque de uma explosão de supernova. As várias cores do gás indicam as diferenças na composição química. Os filamentos verdes brilhantes são ricos em oxigênio, os filamentos vermelhos e roxos, ricos em enxofre e os filamentos azulados são compostos na sua maior parte de hidrogênio e nitrogênio.

Uma supernova como essa que resultou na remanescente Cas A é o desfecho explosivo de uma estrela massiva que colapsou sob o seu próprio peso devido à sua gravidade. A estrela colapsada então sopra, ou expele suas camadas externas para o espaço em uma explosão que brevemente faz com que uma única estrela tenha o brilho de uma galáxia inteira. A Cas A é relativamente nova, estima-se que ela tenha somente em torno de 340 anos de vida. O Hubble teve a oportunidade de observá-la em diferentes ocasiões o que fez com que ele conseguisse observar as mudanças sofridas pelos filamentos que se encontram em rápida expansão.

Na última campanha de observação, dois conjuntos de imagens foram obtidos, separados por um intervalo de tempo de nove meses. Mesmo nesse curto período de tempo, as imagens nítidas e claras do Hubble puderam observar a expansão da remanescente. Comparações entre os dois conjuntos de imagens mostram que um fraco fluxo de detritos visto ao longo da parte superior esquerda da remanescente está se movendo com uma alta velocidade, mais de 50 milhões de quilômetros por hora, rápido o bastante para viajar da Terra até a Lua em 30 minutos.

A Cas A está localizada a 10000 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Cassiopeia. Explosões de supernovas são consideradas a principal fonte de elementos mais complexos que o oxigênio, que são forjados nas condições extremas produzidas nesses eventos. A análise de um exemplo assim novo, fresco e relativamente perto é extremamente útil para se poder entender a evolução do universo.

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=432289013508343&set=a.150971101640137.32747.150970411640206&type=1&relevant_count=1

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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