Em 1610, Galileo Galilei publicou seu livro Sidereus Nuncius, o primeiro tratado científico elaborado com base nas observações do céu feitas através de telescópios. Entre as conclusões mais marcantes feitas por Galileo era que a Lua não é um corpo perfeitamente esférico. Os pequenos pontos que ele observou e que variavam de acordo com o ângulo de iluminação do Sol, fez com que ele concluísse que a Lua possui sombras: a Lua ampliada, observada por ele tinha muitas montanhas e vales. Assim, nosso satélite possuía imperfeições similares às da Terra. Assim, a Terra, como a própria Lua deveria mover-se no espaço como um corpo celeste. Isso representou uma grande revolução ao mundo Aristoteliano que dominava até então.
As duas imagens acima mostram uma analogia para o fenômeno óptico observado por Galileo. Durante a comemoração na Casa Selvatica, um centro cultural em Curitiba, Brasil, o fotógrafo Mario Freitas registrou a imagem da direita do disco solar projetado na parede por uma fenda no teto acima das escadas. A imagem de detalhe, à esquerda revela minúsculas crateras e colinas, devido à rugosidade da própria parede. A direção da sombra na parede vertical permite que possamos verificar o ângulo solar de zênite de 28 graus, calculado para a hora e a data da foto, 3 de Março de 2013, às 13:55, hora local, e para a zona de hora e às coordenadas geográficas, GMT -3, 25º26’44.32’’S; 49º16’18.42’’W. A diferença entre o azimute do Sol, 336 graus e o da parede, 309 graus, nos dá um ângulo de 27 graus.
As analogias podem ter um papel poderoso e fundamental em fazer a educação da ciência algo mais significativo.
Fonte:
http://epod.usra.edu/blog/2013/04/imperfections-revealed-by-sunlight.html