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26 de novembro de 2024

Após Estudos E Selfies Em Marias Pass Curiosity Segue Sua Escalada no Monte Sharp

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O rover Curiosity da NASA está se dirigindo para o sudoeste depois de partir de uma região onde por algumas semanas investigou uma zona de contato geológico e rocha que inesperadamente mostraram uma alta quantidade de sílica e hidrogênio. O hidrogênio indica água ligada aos minerais no solo.

Nessa região, chamada de Marias Pass, o Curiosity usou com sucesso sua furadeira para amostrar uma rocha, num alvo chamado Buckskin, e então usou a câmera em seu braço robótico para tirar uma slfie no lugar onde fez a perfuração.

O rover finalizou suas atividades em Marias Pass no dia 12 de Agosto de 2015, e começou a escalar o  Monte Sharp, a montanha com camadas, que o rover atingiu em Setembro de 2014. Durante os dias 12, 13, 14 e 18 de Agosto, o rover percorreu 132 metros, completando um total de 11.1 km já percorridos em Marte, desde o seu pouso em Agosto de 2012.

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O Curiosity está carregando algumas amostras pulverizadas perfuradas em Buckskin. Os laboratórios internos do rover estão analisando o material. Os membros da equipe científica da missão procuram entender por que as rochas nessa área têm níveis de sílica e hidrogênio maior do que em outras áreas atravessadas pelo rover.

A sílica, monitorada com o laser do instrumento Chemistry and Camera (ChemCam), é um elemento químico formado pela rocha contendo silício e oxigênio, normalmente encontrado na Terra como quartzo. O hidrogênio no solo abaixo do rover é monitorado pelo instrumento Dynamic Albedo of Neutrons, DAN. O hidrogênio tem sido detectado em níveis baixos por qualquer lugar onde o Curiosity passou e é interpretado como o hidrogênio nas moléculas de água ou íons de hidroxila, dentro ou absorvido em minerais nas rochas e no solo.

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“O solo a cerca de 1 metro abaixo do rover nessa área abriga três, ou quatro vezes mais água no solo do que em qualquer lugar por onde o Curiosity passou durante esses três anos em Marte”, disse o principal pesquisador do DAN, Igor Mitrofanov, do Space Research Institute em Moscou. O DAN detectou primeiramente o alto nível inesperado de hidrogênio, usando seu modo passivo. Mais tarde, o rover voltou sobre a área usando o DAN em modo ativo, onde o instrumento atirou nêutrons no solo e detectou aqueles que rebateram na subsuperfície, mas que preferencialmente interagiram com o hidrogênio. As medidas confirmaram que existe um material hidratado coberto por uma fina camada de material mais seco.

O Curiosity inicialmente notou a área com alta concentração de sílica e hidrogênio no dia 21 de Maio de 2015, enquanto escalava um local onde dois tipos de embasamentos sedimentares se encontram. Essas zonas de contato podem abrigar pistas sobre as antigas mudanças no ambiente, das condições que produziram os tipos de rochas mais velhas para condições que produziram as rochas mais novas. Esse contato é o que levou a equipe do rover a escolher a região de Marias Pass como rota em direção às camadas mais altas do Monte Sharp. Um lamito pálido, como o embasamento que a missão examinou nos primeiros meses depois de atingir o Monte Sharp numa área chamada de Pahrump Hills, forma um lado do contato. O lado sobreposto é mais escuro, formado por camadas de arenito fino.

O Curiosity examinou a zona de contato de Marias Pass em detalhe com instrumentos montados em seu mastro e em seu braço. Os níveis incomuns de sílica e hidrogênio nas rochas passadas durante a escalada de bate pronto se tornou uma escolha para se voltar para examinar a área, perfurar a amostra e adquirir as rochas pulverizadas.

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O alvo Buckskin foi a primeira rocha perfurada pelo Curiosity desde que um circuito elétrico no mecanismo de percussão da furadeira exibiu um pequeno curto circuito transiente em Fevereiro de 2015 durante a transferência da amostra pulverizada do terceiro alvo perfurado na área de Pahrump Hills.

“Nós ficamos aliviados em não ver se repetir o curto circuito durante a perfuração e transferência da amostra em Buckskin”, disse Steven Lee, vice-gerente de projeto  para o Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia. “Ele poderia ter voltado, mas nós fizemos mudanças na proteção de falha para continuar perfurando de maneira segura, mesmo na presença de pequenos curtos circuitos. Nós também melhoramos o circuito de perfuração para se ganhar mais informações diagnósticas a partir de qualquer futura ocorrência”.

O Curiosity alcançou a base do Monte Sharp depois de dois anos de frutíferas investigações de afloramentos localizados mais próximos do local de pouso. O principal objetivo da missão agora é examinar as camadas da parte inferior do Monte Sharp, por antigos ambientes habitáveis e as evidências sobre como o ambiente inicial de Marte se desenvolveu de um ambiente úmido para um local seco.

O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, que construiu, o rover e gerencia o projeto para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre o Curiosity, visite:

http://www.nasa.gov/msl

http://mars.jpl.nasa.gov/msl/

Você pode seguir a missão no Facebook e no Twitter, em:

http://www.facebook.com/marscuriosity

http://www.twitter.com/marscuriosity

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Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=4690

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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