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Analisando A Região Ao Redor Da Cratera Petavius na Lua


O mais interessante na cratera Petavius, na Lua é focar no seu interior, com um vale gigantesco, canais, domos e depósitos piroclásticos, ou seja, todas as características de uma cratera de interior fraturado. A imagem acima contudo nos chama a atenção para feições localizadas além do anel da Petavius. O que é mais impressionante é o material suave encontrado à direita (parte sul) que é muito extenso e preenche cada ponto de elevação mais baixa por uma distância de aproximadamente 60 quilômetros. Todo esse material é considerado um material derretido por impacto, mas é um material relativamente antigo já que a cratera Petavius foi datada pelo USGS como sendo de idade Imbriana Inferior, algo em torno de 3.8 bilhões de anos de idade. O material um pouco ao norte da Theophilus é o material mais fácil de se ver com um telescópio mas esse material derretido cobre uma área muito maior. Podemos assumir que a concentração de material derretido na porção sul significa que o projétil que formou a cratera Petavius veio do norte em um ângulo baixo. Isso implicaria que o anel peculiarmente largo da Petavius no sul é devido a um impacto oblíquo, mas pode-se ver que o anel é diferente do que qualquer outro anel, não é? A cratera Palitzch e o seu vale a leste/sudeste da Petavius são feições estranhas. Provavelmente essas feições sejam uma coisa só, uma corrente de crateras secundárias. O vale é mais ou menos radial à Bacia Crisium, mas poderia se esperar uma cratera maior perto de sua fonte o que não acontece. Finalmente podemos notar a região do Vale Snellius, desde a parte inferior direita até a parte superior direita, que é uma corrente de bacia secundária da Nectaris. Quase que metade do interior da Snellius tem sido coberto por material ejetado da cratera próxima Stevinus, uma afronta já que ela terá que viver com isso por mais bilhões de anos.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/January+18%2C+2012


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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