A imagem acima, com certeza não é uma imagem de altíssima qualidade, mas sua perspectiva é única e é isso que a faz especial. Você consegue reconhecer essa área? Pode-se notar que a cratera na parte esquerda da imagem tem um interior coberto com material escuro de mar e dois picos brilhantes nas bordas com o mar. Essa é a cratera de 143 quilômetros Antoniadi que se localiza no lado escuro da Lua e é considerada uma cratera de transição entre uma cratera de pico central e uma bacia de múltiplos anéis. Uma segunda coisa que chama a atenção nessa imagem são as várias montanhas isoladas como a que aparece perto do terminador na parte central inferior da imagem. Outra grande montanha está à direita acima da grande cratera de interior plano. Olhando ao redor é possível ver outros picos massivos. Nós normalmente observamos esses picos de uma outra perspectiva, como mostrado abaixo. Essa grande cratera na parte mais a direita é a Hausen, e a cratera em direção ao limbo é a Bailly, que tem picos espalhados sugerindo uma bacia de anel interno, como a Antoniadi. Duas crateras à esquerda da Bailly está a cratera de pico central Drygalski. Pode-se notar a massiva montanha curva que corta a Drygalski em direção à Bailly. Seria esse um anel da Bacia Bailly-Newton? Se sim, o centro é deslocado de forma significativa. Essa imagem foi retirada do vídeo feito pela câmera a bordo da sonda Ebb uma das duas sondas da missão GRAIL que estão orbitando a Lua com o objetivo de medir seu campo de gravidade. Tanto a Ebb como sua irmã gêmea, a Flow carregam câmeras de vídeo que coletam imagens escolhidas por crianças espalhadas nas escolas públicas americanas. O objetivo é usar esses vídeos e imagens para inspirar as crianças a se interessarem pela Lua, pelo espaço, ciência e para contribuir de alguma maneira com o futuro do país onde vivem.
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