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Anãs marrons, um dos objetos mais intrigantes do nosso universo, ficam no meio termo entre os maiores planetas e as menores estrelas.
Alguns chamam elas de de estrelas que falharam, já que não possuem massa suficiente para iniciar a fusão do hidrogênio em seus núcleos.
Outros as chamam e super planetas, já que possuem atmosferas gasosas que lembram os planetas gigantes do nosso Sistema Solar.
São objetos que provavelmente nascem como estrelas e vivem como planetas, podem ser muito importantes pois podem representar o elo entre os planetas e as estrelas.
Existe a maneira clássica de se detectar anãs marrons, que através do infravermelho, pois elas brilham nesse comprimento de onda devido ao calor gerado na sua formação.
Mas as anãs marrons podem também emitir luz em comprimentos de ondas de rádio, da mesma maneira que Júpiter emite ondas de rádio devido ao campo magnético.
As anãs marrons são emissoras de ondas de rádio e com isso em mente um grupo de astrônomos desenvolveu uma maneira de fazer essa detecção.
Os astrônomos já tinham detectado ondas de rádio de anãs marrons quentes, que eles descobriram no infravermelho.
E agora resolveram usar essa técnica para detectar anãs marrons frias.
A diferença é que a detecção seria feita diretamente nas ondas de rádio.
E assim, os astrônomos descobriram o objeto BDR J1750+3809, uma anã marrom fria.
Para isso eles usaram o LOFAR na Europa e uma série de telescópios no Havaí para confirmar a anã marrom.
Os astr6onomos tiveram que encontrar uma assinatura de ondas de rádio, que diferenciasse das fontes geradas por galáxias de fundo.
Então eles procuraram por sinais de rádio polarizados de forma circular, que está relacionado com planetas, estrelas e anãs marrons, mas não galáxias.
Descobrindo esse sinal polarizado eles então acionaram o GeminiNorte para fazer as medidas complementares e confirmar a descoberta.
Os astrônomos conseguiram descobrir metano na atmosfera do exoplaneta, que é um tipo de marcador muito presente nos planetas gigantes gasosos.
Essa descoberta é muito importante, pois ela pode ser o início de medidas mais robustas de propriedades de exoplanetas, como seus campos magnéticos.
As anãs marrons são os objetos mais próximos a exoplanetas que os astrônomos conhecem, e se for possível detectar e medir campos magnéticos nesses objetos e nos exoplanetas isso pode ser sensacional.
Pois através dos campos magnéticos é possível determinar as propriedades atmosféricas e a evolução dos exoplanetas.
Agora é esperar para que a técnica desenvolvida seja aplicada e mais anãs marrons sejam descobertas, ou que os exoplanetas sejam melhores caracterizados.
Fontes:
https://arxiv.org/pdf/2010.01915.pdf
https://phys.org/news/2020-11-faint-super-planet-radio-telescope.html
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