Semana passada o Hubble revelou novas imagens do aglomerado de galáxias Abell 1689. Essas imagens e seus detalhes específicos foram mostradas aqui no blog. Hoje na página do APOD esse aglomerado figurava como a principal notícia e está aqui reproduzida. Qual o problema com esse aglomerado de galáxias? Para descobrir essa resposta para o aglomerado Abell 1689 é necessário além de imagens detalhadas feitas com o Telescópio Espacial Hubble, modelos computacionais detalhados. Para começar, quase todos os pedaços amarelos meio nebulosos vistos na imagem correspondem a uma galáxia inteira. Uma observação mais detalhada, contudo, mostra que muitas galáxias localizadas no plano de fundo estão estranhamente aumentadas e distorcidas ao longo de arcos curvos pelo efeito de lente gravitacional que deflete a luz do aglomerado. Análises em computador do deslocamento e da suavidade desses arcos indica que em adição a isso, o aglomerado precisa ter uma significante quantidade de matéria escura representada por um modelo desenvolvido e superimposto a imagem em roxo. Ainda assim o Abell 1689 continua com seus enigmas pois os arcos são numerosos e diversos de modo que um único modelo de matéria escura não é capaz de explicar o que ocorre ali. Mesmo não solucionando por completo o mistério, as informações detalhadas disponíveis como a do aglomerado de galáxias Abell 1689 nos dá a esperança de que um dia uma solução completa seja encontrada de modo que não revele só a matéria escura nos aglomerados mas também revele a quantidade de energia escura no universo.
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