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A Sonda Robô Curiosity Parte da Missão MSL Irá Explorar a Cratera Gale Em Marte e os Seus Segredos


A Curiosity,  próxima sonda robô da NASA a explorar o planeta Marte está programada para ser lançada nesse próximo sábado, dia 26 de Novembro de 201 dede a Costa Espacial da Flórida às 13:02 hora de Brasília. Se tudo correr como o planejado o robô Curiosity deve pousar dentro da Cratera Gale em Marte. A Cratera Gale é considerada um dos locais mais interessantes do ponto de vista científico em Marte, pois essa cratera exibe exposições de minerais de argila que se formaram na presença de uma água líquida neutra e que poderia conduzir para a origem da vida.

A imagem tridimensional acima dá uma ideia de como é a Cratera Gale, mostrando a grande variedade de terrenos dessa cratera que tem 154 quilômetros de diâmetro. Outra imagem tridimensional mostrada abaixo, mostra o robô Curiosity sendo testado no Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena na Califórnia, no início do ano de 2011.

“A partir de missões anteriores da NASA nós aprendemos que Marte é um planeta dinâmico”, disse Michael Meyer, cientista líder do Programa de Exploração de Marte da NASA, durante a conferência de imprensa de pré-lançamento da missão ocorrida no Centro Espacial Kennedy.

“Nós aprendemos que Marte teve uma história onde o planeta foi quente e úmido no mesmo período em que a vida começava aqui na Terra. E nós sabemos que ele passou por uma massiva transição desde então para se tornar o que é hoje”.

“Marte, merece ser explorado, pois tem evidências de que ele foi habitável, pelo menos no passado”, disse Meyer.

A Cratera Gale é dominada por uma montanha que tem 5km de altura acima do assoalho da cratera, e que rapidamente é identificada em qualquer imagem que e mostre dela.

“A água não existiu por um curto período de tempo em Marte. Ela teve papel importante em cavar canais e carregar sedimentos que se depositaram no passado dentro das crateras”, disse Bethany Ehlmann do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia.

“Argila e carbonatos são minerais que se formam na presença de água líquida. A presença de argila, em particular indica a presença de água em um local por um grande período de tempo, tempo necessário para a água interagir com as rochas e causar as alterações nos minerais. A argila também tem água na sua estrutura química como hidratos”.

A NASA planejou que o local exato do pouso deve ocorrer dentro deuma elipse de 20 por 25 km, localizada na porção norte da Gale.

O local de pouso da Curiosity foi selecionado a partir de 60 candidatos escolhidos pela equipe de ciência e pela NASA. Esse local foi escolhido por apresentar feições de leques aluviais provavelmente formados de sedimentos carregados pela água contendo ali minerais de argila.

As camadas mais inferiores da montanha próxima, camadas essas que estão a uma distância que a Curiosity pode cumprir, contêm minerais de argilas e sulfatos indicando uma história úmida no passado de Marte.

“A Cratera Gale tem o tamanho aproximado da Bacia de Los Angeles”, disse o cientista de projeto da MSL John Grotzinger do JPL e do CLTECH. A montanha no meio a altura do Mt. Whitney, a montanha mais alto dos 48 estados americanos”.

“Durante a missão poderemos enviar a Curiosity para o topo de um pequeno monte próximo. Na base desse monte nós já vimos camadas que são compostas de argilas”.

“Nesse mesmo local nós poderemos dirigir a Curiosity através de ambientes sucessivos e diferentes e assim amostrar diferentes períodos da história de Marte”, explica Grotzinger.

Todos os sistemas até o momento estão funcionando bem e dado o aviso de “GO” para a missão MSL, além disso, o tempo também parece favorável até o momento para o lançamento odo foguete Atlas V, desde o Complexo de Lançameno 41 e que carrega no seu “nariz” a Curiosity uma das mais ousadas missões a Marte até hoje.

Acompanhe aqui no blog a cobertura completa de mais essa aventura espacial.

Fonte:

http://www.universetoday.com/91144/science-rich-gale-crater-and-nasas-curiosity-mars-rover-in-glorious-3-d-touchdown-in-a-habitable-zone/


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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