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17 de novembro de 2024

A Sobreposição de Material Derretido Por Impacto na Cratera Anaxagoras na Lua

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observatory_150105Embora a formação das crateras de impacto sejam um evento praticamente instantâneo, o resfriamento do material derretido pelo impacto não é. Para grandes crateras como a Tycho, a Copernicus, e a Anáxagoras, se criou tanto material derretido pelo impacto no processo de formação que os assoalhos das crateras foram, inundados por um mar de material derretido. Os depósitos de material derretido em baixos topográficos, fluem ao redor dos picos centrais, e se misturam com blocos ejetados soltos criando uma textura lamosa no assoalho da cratera. Fraturas de resfriamento e cavidades de colapso prevalecem, agrupamentos subparalelos de fraturas são comuns perto das fronteiras do material derretido e em regiões com blocos.

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Como as lavas vulcânicas, o material derretido por impacto permanece derretido por um tempo razoável – dias, semanas, e anos em alguns casos. O depósito de material derretido no assoalho da cratera Anáxagoras ficou derretido por um tempo, e se moveu o suficiente para se chocar com as paredes da cratera formando anéis ( o canto superior direito  na imagem aberta, e também visto de maneira sensacional na imagem NAC). O choque provavelmente ocorreu enquanto grandes blocos do material da parede deslizou no depósito derretido causando uma verdadeira tsunami de material derretido. Um limite parecido com um fosso na borda do fluxo dessa camada superior do material derretido a diferencia da camada subjacente. A camada estratigráfica mais inferior é visível primeiro no centro da imagem e se estende em direção ao lado direito da imagem.

O que pode ter acontecido foi que essa seção do material derretido se chocou com a parede da cratera para formar o primeiro anel (pouco visível na parte superior direita da imagem aberta) e fluiu de volta parede abaixo. Então o material derretido fluiu parede acima novamente onde alguma parte do material derretido se depositou na parede pois ele já estava suficientemente frio e uma crosta já havia se formado, o lobo no lado direito da imagem aberta. Talvez o material derretido perto do centro desse sub depósito permaneceu ainda quente e móvel e então o material derretido fluiu novamente em direção a parede. O material derretido se sobrepôs ao material previamente resfriado, congelando uma seção de material derretido perto da parede mas a fronteira do material derretido  com a parede resfriou suficientemente para se congelar totalmente, preservando múltiplos choques de material derretido na parede da cratera. Mas essa é apenas uma possível história, dados topográficos, modelos de resfriamento de material derretido , e observações em outras crateras seriam dados úteis para se descobrir a história do resfriamento do material derretido na cratera Anáxagoras.

Fonte:

http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/613-Melt-Overlap.html

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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