Uma sinfonia de observações por todo o planeta teve início abruptamente no dia 28 de Março de 2011, quando o satélite Swift detectou uma explosão de de raios gamma de alta frequência vindos da fonte GRB 110328A. Quando a mesma fonte brilhou novamente após 45 minutos estava claro que esse evento não era uma típica explosão de raios gamma. Doze horas depois a fanfarra inicial dos astrônomos usando o Telescópio Óptico Nórdico de 2.5 metros disparou uma imensa rede de observações ópticas da fonte. No início do dia seguinte a explosão teve suas baixas frequências de barítono detectadas pelas antenas de rádio do projeto ELVA nos EUA. Mais tarde muitos telescópios ópticos incluindo o Telescópio Gemini Norte de 8 metros no Havaí começaram a participar da brincadeira seguindo o rastro óptico do objeto. A fonte invulgar foi também detectada pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA como o registro mais alto já detectado pelo instrumento e foi intermitentemente seguida por uma semana emitindo raios gamma, agora como soprano. Juntando ao coro de observações, o Telescópio Espacial Hubble, registrou a imagem acima integrando dados ópticos e infravermelho confirmando que o raio estava localizado ao longo da passagem da galáxia em um desvio para o vermelho de 0.351. Se associado com a galáxia, essa explosão ocorreu quando o universo tinha somente dois terços da idade que tem hoje. Existe muita especulação para explicar o fenômeno, uma delas é que a explosão de raios gamma violenta foi causada pela separação de uma estrela por um buraco negro supermassivo localizado no centro da galáxia e as feições intrigantes dessa distante detonação estão ainda sendo exploradas.
Fonte:
http://apod.nasa.gov/apod/ap110419.html