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A Separação de Uma Cratera Simples na Lua


Enquanto se observa belos mapas da Lua, como o maravilhoso mapa de nomenclatura da Lua gerado por Mauricie Collins, que foi gerado a partir de mosaicos gerados com imagens da câmera WAC da sonda LRO, podem-se notar belas estruturas como a estranha cadeia em curva tangente à cratera Kies A. Imediatamente pode-se lembrar de cadeias curvas circulares ou septos entre as crateras Plato K e KA. Esse último caso é explicado como sendo criado por materiais ejetados convergentes de duas crateras formadas de maneira simultâneas, mas no caso da Kies A, a explicaçãoo é mais complicada já que essa é uma cratera única, embora sua forma não seja arredondada. Se procurarmos em imagens, por exemplo, com o Sol mais alto, não temos nenhuma sugestão de que ali existam duas crateras quase que sobrepostas. Existe um pequeno rasgo no lado nordeste onde um colapso removeu uma pequena parte do seu anel. Com isso, pode-se lembrar um segundo caso de um arco simples similares na cratera Cauchy. A cratera Cauchy é uma cratera circular normal, o que nos faz pensar que para que haja a formação de uma cadeia curva não é necessário se ter uma cratera incomum. Podemos imaginar se um impacto oblíquo poderia produzir esse tipo de septo curvo? Nem a Cauchy, nem a Kies A é jovem o suficiente para preservar raios que forneceriam as evidências para impactos não verticais. Essas crateras já foram mencionadas em muitos estudos mas as suas origens e suas características ainda são uma questão não resolvida. Se encontrarmos mais exemplos desse tipo de feição podemos buscar assim mais pistas sobre as origens.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/December+19%2C+2011


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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