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A Rugosidade Colorida da Lua

Qualquer mapa complexo, como esse que mostra a inclinação dos terrenos em diferentes escalas, leva algum tempo para ser estudado e entendido, principalmente quando ele se refere a feições localizadas na Lua. Basicamente as três cores indicam a rugosidade da superfície da Lua em diferentes escalas. As áreas em vermelho são rugosas a uma distância de aproximadamente um quilômetro, as áreas verdes representam rugosidades de centenas de metros e as áreas em azul representam rugosidades de dezenas de metros. As regiões de mares na Lua são normalmente suaves quando as pequenas escalas são consideradas  – as cadeias de mares e os pequenos anéis de crateras têm um relevo de dezenas de metros. Na outra ponta da escala estão crateras como a Tycho e a Copernicus e algumas outras com o seu interior colorido de amarelo e branco. Essas são rugosas por completo, desde de o alto da parede das crateras até as fraturas no material derretido por impacto que cobre o seu interior. É possível notar as tonalidades menos escuras que circundam a Tycho e mapear a continuidade da cobertura do material ejetado. Agora olhe os círculos na Bacia Orientale. Algumas das mais antigas crateras como a Aristoteles, a Langrenus e a Compton possuem um anel amarelo e um interior azulado. A Compton possui lavas em seu interior, mas as outras duas possuem uma suavidade que pode existir devido ao derretimento do material pelo impacto.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/May+14%2C+2011

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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