A imagem acima mostra o aglomerado globular de estrelas Messier 69, M69, como pode ser visto pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA. Aglomerados globulares são densas coleções de velhas estrelas. Nessa imagem as estrelas em primeiro plano parecem maiores e mais douradas quando são observadas contra um fundo repleto de milhares estrelas branca, prateadas que constituem o M69.
Outro aspecto do M69 reside na sua metáfora com uma joalheria. O M69 é um dos aglomerados globulares mais ricos em metal entre os aglomerados conhecidos. Na astronomia, o termo metal, tem um significado específico, ele se refere a qualquer elemento mais pesado do que dois dos mais comuns elementos do universo, o hidrogênio e o hélio. A fusão nuclear que energiza as estrelas criaram todos os elementos metálicos na natureza, desde o cálcio que forma nossos ossos até o carbono dos diamantes. Gerações sucessivas de estrelas têm aumentado a abundância de metais como vimos hoje.
Pelo fato das estrelas nos aglomerados globulares serem antigas, suas abundâncias metálicas são muito mais baixas do que as estrelas recém-formadas, como o Sol. Estudar a formação das estrelas nos aglomerados globulares como o M69 tem ajudado os astrônomos a traçar a evolução do cosmos como um todo.
O M69, está localizado a 29700 anos-luz de distância na constelação de Sagittarius, o Arqueiro. O famoso astrônomo francês caçador de cometas, Charles Messier adicionou o M69 ao seu catálogo em 1780. Esse aglomerado também é conhecido como NGC 6637.
A imagem acima é uma combinação de exposições feitas na luz visível e infravermelha pela Advanced Camera for Surveys do Hubble e cobre um campo de visão de aproximadamente 3.4 x 3.4 minutos de arco.
Fonte:
http://www.spacetelescope.org/images/potw1240a/