O Big Bang, deu início ao universo a partir de um estado inicialmente quente e denso, até ele atingir o seu estado atual, frio e praticamente vazio. Num importante ponto de sua história, elétrons recém-criados, se combinaram com núcleos de hidrogênio e hélio, também recém-criados, gerando essa relíquia de radiação, que foi anteriormente eficientemente espalhada por elétrons soltos, e que é agora capaz de fluir através do atual universo, quase que transparente. Os teóricos sugerem que essa radiação deve ter uma temperatura característica, na época atual, de poucos graus acima do zero absoluto, uma previsão que foi validada pelo COBE. A relíquia de radiação, de um quase, mas não inteiramente uniforme universo, tem impresso variações de sementes gravitacionais que cresceram até se tornarem as galáxias que observamos hoje ao nosso redor. O Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou WMPA, forneceu a melhor medida dessas flutuações , e nos ajudou a entender como a teia cósmica se espalhou. Agora, uma nova missão, chamada de Planck, tem medido essas anisotropias em uma escala muito mais fina e com muito mais precisão que o WMAP. O Planck tem mostrado que o universo é um pouco mais velho do que se pensava anteriormente, e possivelmente confirmou o chamado Eixo do Mal, observado pela primeira vez nos dados do WMAP. O Planck testará modelos cosmológicos, com uma sensibilidade e com uma resolução angular sem precedentes na história da astronomia, e poderá até ajudar a levar uma luz sobre se o universo passou ou não por um estranho período de inflação no começo de sua história.
Fonte:
http://heasarc.gsfc.nasa.gov/docs/objects/heapow/archive/large_scale_structure/planck_map.html