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A Região de Albor Tholus Em Marte Imageada Durante o Dia e Durante a Noite

Esse par de imagens mostra parte da região de Albor Tholus em Marte, um vulcão relativamente pequeno próximo ao complexo do Elysium Mons. As feições lineares representam colapsos dentro de tubos de lava vazios. Essas feições de colapso são muito comuns em regiões vulcânicas de Marte.

O par de imagens representa na verdade versões do dia e da noite da região. As duas imagens tem o foco em uma mesma feição na superfície e então o par mostra como essa feição se apresenta durante o dia e durante a noite em Marte, como é registrado pelo instrumento THEMIS a bordo da sonda Mars Odyssey. A imagem feita durante a noite aparece à direita e foi rotacionada em 180 graus para que o norte ficasse para cima.

Imagens infravermelhas feitas durante o dia exibem tanto propriedades morfológicas como propriedades termofísicas da superfície de Marte. Detalhes morfológicos são vistos devido ao efeito da iluminação do Sol nos taludes que recebem mais energia do que as faces do talude que não recebem luz solar. Isso faz com que a face fique mais quente (brilhante) do que as outras faces que ficam mais frias (escuras) como vistas nos comprimentos de onda da luz visível. As propriedades termofísicas são vistas à medida que a poeira se aquece mais rapidamente do que as rochas. Assim, as áreas empoeiradas são mais brilhantes do que as áreas rochosas que aparecem mais escuras.

Imagens infravermelhas feitas durante a noite exibem somente propriedades termofísicas da superfície de Marte. O efeito das faces iluminadas e não iluminadas pelo Sol se dissipa rapidamente durante a noite. Efeitos termofísicos dominam à medida que diferentes superfícies esfriam de maneira diferente durante o passar das horas da noite. As rochas esfriam vagarosamente, e são relativamente brilhantes durante a noite (lembrando que as rochas aparecem escuras durante o dia). Já a poeira e outros materiais granulados finos que durante o dia aparecem brilhantes, durante a noite esfriam muito rapidamente e aparecem escuros em imagens infravermelhas noturnas.

Fonte:

http://themis.asu.edu/zoom-20040621a

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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