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A Nebulosa Protoplanetária de Westbrook – Um Dos Objetos Astronômicos Mais Estranhos Que Se Conhece

Westbrook-Nebula


observatory_150105A imagem acima mostra a Nebulosa Westbrook, também conhecida como PK 166-66, CRL 618, ou AFLG 618, e é potencialmente um dos objetos astronômicos mais estranhos de que se tem conhecimento. A nebulosa é conhecida como uma nebulosa protoplanetária – que na verdade nada tem a ver com planetas. Isso na verdade é um infeliz truque de etmologia. Uma nebulosa protoplanetária é definida como período de tempo curto durante a morte de uma estrela do tamanho do Sol quando a estrela emite grande quantidade de radiação infravermelha, e é um tipo de nebulosa de reflexão. E o tempo gasto nessa fase é breve. De fato, é um período tão breve que somente poucas centenas de nebulosas protoplanetárias são conhecidas.

Em adição ao seu período de vida curto, as nebulosas protoplanetárias são muito apagadas, assim estudá-las é algo complicado. Essa imagem foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble nos comprimentos de onda do visível e do infravermelho próximo. Essas diferentes exposições, cinco no total, revelam informações sobre o que está acontecendo nessa região do espaço, fornecendo no final informações sobre a composição da nebulosa.

Os quatro dedos (você sabe, os objetos que se assemelham a uma bala que foi atirada através de um material de gel ou água), estão viajando uma velocidade de 200 quilômetros por segundo. A nebulosa propriamente dita começou a se formar a cerca de 200 anos atrás, assim ela tem ainda mais alguns séculos de vida na fase de nebulosa protoplanetária antes de se desenvolver numa nebulosa planetária. Depois de alguns milhares de anos, a Nebulosa Westbrook eventualmente esfriará e desaparecerá da nossa visão, tendo vivido seu breve tempo na luz da estrela moribunda.

Fonte:

http://www.fromquarkstoquasars.com/astronomy-photo-of-the-day-032814-the-westbrook-nebula/


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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