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A Misteriosa Beleza do Aglomerado de Galaxias de Hydra

Um impressionante aglomerado de galáxias localizado a 840 milhões de anos-luz da Terra, tem o seu nome originado da forte fonte de ondas de rádio, Hydra A que tem origem na galáxia localizada próximo ao centro do aglomerado. Observações ópticas mostram algumas centenas de galáxias no aglomerado. Observações feitas com o Observatório Espacial de Raios-X Chandra revelam uma grande nuvem de gás quente que se estende ao longo do aglomerado. A nuvem de gás tem alguns milhões de anos-luz de comprimento e tem uma temperatura de aproximadamente 40 milhões de graus nas partes externas diminuindo para algo em torno de 35 milhões de graus na região mais interna. Uma brilhante cunha branca também com uma temperatura na casa dos milhões de gruas Celsius é observada no coração do aglomerado. Considerados como sendo os maiores objetos gravitacionalmente unidos no universo, os aglomerados de galáxias fornecem pistas importantes para entender sobre a origem e o destino do universo.

A Via Láctea, por exemplo, é um membro de um grupo de 40 galáxias que nós chamamos de Grupo Local. Observações têm mostrado que as galáxias e os aglomerados de galáxias parecem ser estruturados em grandes cadeias, formando estruturas gigantescas chamadas de super aglomerados. Entre as vastas estruturas das galáxias existem vazios frios enormes contendo poucas ou em alguns casos nenhuma galáxia.

A estrutura mais vasta do universo é na verdade uma coleção de super aglomerados localizados a bilhões de anos-luz de distância e que se estende por 5% do comprimento de todo o universo observável. Para uma noção de escala, se Deus gastou uma semana para criar a Terra ele levaria dois quintiliões de anos para construir essa estrutura.

Essa parede massiva é um conjunto de objetos astronômicos que foram denominados depois das observações que os revelaram feitas pelo projeto chamado Sloan Digital Sky Survey. Esse projeto com a duração de oito anos tem como objetivo mapear um quarto do céu e gerar modelos 3D de quase todas as milhões de galáxias existentes. As análises dessas imagens revelaram um gigantesco painel de galáxias com 1.37 bilhões de anos de comprimento.

Essa não é a única parede existente no universo, outras existem, todas elas com comprimentos imensos maiores que a largura e a profundidade formando assim as feições mais impressionantes do universo. Essas paredes de galáxias são somente uma classe especial de filamentos galácticos, além disso longas faixas de matéria se espalham entre as galáxias quebrando o vazio existente entre eles.

A imensidão da existência dessas estruturas desafia o entendimento humano. Se alguém pudesse entender por um simples segundo a verdadeira escala dessas feições todos os seus problemas poderiam evaporar quase que imediatamente, pois se teria a noção de quão pequenos eles são perante a grandeza do universo.

Fonte:

http://www.dailygalaxy.com/my_weblog/2010/05/image-of-the-day-the-ghost-supernova.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+TheDailyGalaxyNewsFromPlanetEarthBeyond+(The+Daily+Galaxy:+News+from+Planet+Earth+%26+Beyond)

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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