fbpx
22 de novembro de 2024

A Maior Flare Solar de 2013 Até o Momento É Registrada em 11 de Abril Pelo SDO

solar-flare-april-11-2013-close-up

observatory_150105A mais poderosa flare solar do ano de 2013 até o momento eclodiu Sol, no dia 11 de Abril de 2013, provocando um blecaute temporário nas comunicações de rádio na Terra, disseram os oficiais da NASA.

A flare solar aconteceu às 0716 GMT, ou seja, 0416, hora de Brasília e foi registrada como uma tempestade solar de classe M6.5, uma flare de nível intermediário na escala das tempestades solares. Ela coincidiu com a erupção de um plasma solar super aquecido conhecido como ejeção de massa coronal.

“Essa é a flare solar mais forte vista em 2013”, disse a porta-voz da NASA Karen Fox. “Um aumento no número de flares solares pode ser considerado comum nesse momento, já que o ciclo normal de 11 anos do Sol está chegando ao seu máximo, que é esperado que aconteça no final de 2013”.

O Solar Dynamics Observatory da NASA registrou um vídeo espetacular dessa maior flare de 2013 até o momento, mostrando-a em detalhe surpreendente. A sonda é uma entre vários observatório solares baseados no espaço que monitoram a atividade solar e os chamados eventos do clima espacial.

Os oficiais da NASA apelidaram a flare solar de Spring Fling, para o Sol, que tem estado relativamente calmo enquanto caminha para atingir o seu pico de atividade.

A flare solar de classe M é 10 vezes mais fraca que uma flare solar de classe X, que são as flares mais poderosas que podem ser emitidas pelo Sol. As flares solares de classe M são os eventos solares mais fracos que podem causar efeitos do clima espacial na Terra como interrupções nas comunicações ou auroras magníficas.

A flare solar disparou um curto blecaute nas comunicações via rádio na Terra registrado como um evento R2, numa escala que vai de R1 a R5, de acordo com as medidas feitas pela NOAA.

Quando disparada diretamente em direção à Terra, grandes flares solares e ejeções de massa coronal podem colocar em alerta e em perigo astronautas na ISS e satélites na órbita da Terra. Elas podem interferir na navegação via GPS e nos sinais de satélites de comunicação no espaço, bem como nas infraestruturas da rede elétrica na Terra.

Fox disse que os oficiais da NASA estão rastreando a ejeção de massa coronal para ver se ela terá alguma grande consequência de clima espacial na Terra. Enquanto isso, o SDO e outros observatórios solares espaciais continuarão monitorando a atividade do Sol.

“O ser humano tem rastreado o ciclo de atividade solar desde sua descoberta, e é normal que ocorram muitas flares durante o pico de máximo de atividade do Sol”, explicou Fox.

Fonte:

http://www.space.com/20617-sun-biggest-solar-flare-2013.html

alma_modificado_rodape105

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo