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A Lua Não É Azul – Lua Azul Parte III

Pode ser que isso faça com que a Lua seja mais interessante para uma grande audiência, já que esse fenômeno foi amplamente divulgado em todas as mídias, mas chamar a segunda Lua Cheia do mês de Lua Azul, nada tem a ver com a sua coloração.  A Lua de maneira geral não é azul (como visto no post anterior, algumas partes são sim naturalmente azuladas devido à composição do solo lunar) , é quase branca ou quando perto do horizonte, tem uma coloração quer varia de amarelo para laranja. Se fosse azul seria ainda mais difícil ainda de ser vista durante o dia, quando a luz do Sol está espalhada no céu e seria menos brilhante a noite prejudicando assim, por exemplo, os pescadores que em determinados locais e em determinadas épocas utilizam essa chamada Lua Azul como guia e ponto de referência. Mas se ela fosse realmente azul, como mostrada na imagem acima, ela faria com que as crateras de impacto recentes e os raios se destacassem de maneira mais visível, e poderia ter nos levado a questionar essas características muito mais cedo : Por que não existe nenhum anel de cratera realmente brilhante ou raios nas regiões de mares? Procure em todos os lugares , mas especialmente onde os raios da Cratera Tycho passam dos planaltos para o Mare Nubium . Então é por isso que os raios da Cratera  Copérnico não são tão brilhantes como os da Cratera Tycho ? Será que a composição do anortosito têm menos a ver com o brilho de raios do que pensávamos ?

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/September+1%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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