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17 de novembro de 2024

A Lua Marrom

Nós normalmente falamos das regiões brilhantes e das regiões escuras na Lua, mas existem sutis sombras que são mostradas nessa imagem monocromática aqui reproduzida, e essas variações em cinza normalmente correspondem a cores um pouco diferentes. Essa imagem mostra uma área a leste do Imbrium que é colorida e bem definida. As cores foram ressaltadas para que se pudesse apreciá-las de maneira mais óbvia. Na realidade só existem aqui dois tipos de materiais, o material de ejeção da bacia e do mar, mas ambos possuem uma grande variação de cores. Os pedaços de mar são talvez mais fáceis de serem interpretados. Em geral, graus de escuridão correspondem a uma determinada quantidade de ferro e titânio em diferentes derramamentos de lava. Em alguns lugares linhas de raios apagados brilham como os que podem ser vistos saindo da cratera localizada no canto superior direito. As ejeções vem de dois tipos básicos – planícies brilhantes, como as que são cortadas pela Ariadaeus Rille, e aquelas que apresentam material extremamente rugoso normalmente listrados com material do Imbrium – encaixes radiais. Em dois lugares o último tipo de ejeção deixou o terreno amarronzado. Primeiro ao longo das Montanhas Haemus no topo. E o segundo é um pedaço bem marrom localizado a norte do Hyginus Rille. A área de Haemus pode ser coberta com depósitos piroclásticos que foram resultados da erupção do próximo Sulphicius Gallus Rilles. Não existe evidência para a cinza proveniente desse fenômeno no sul da região marrom fazendo com que isso seja mais um mistério lunar.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/December+6,+2010

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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