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A Longa Cadeia de Crateras Secundárias na Região da Cratera Clavius na Lua

Mesmo que você estude a Lua por muitos anos, que a observe todos os dias sempre conseguirá encontrar feições que serão novidades. Se estendendo para leste da cratera Clavius existe um alinhamento de quase 1000 km de depressões lineares e de crateras sobrepostas que definem uma imensa cadeia de crateras secundárias. Esse alinhamento se estica além da cratera Tannerus e ocasionalmente parte do alinhamento pode ser visto a leste. Você pode usar um globo lunar ou um bom mapa lunar e assim irá perceber que esse alinhamento é radial à Bacia Orientale. A parte final da cadeia está a aproximadamente 4000 km de distância do centro da bacia. Os componentes da bacia parecem muito mais degradados do que a nítida crista do anel da Cordillera, mesmo as duas feições sendo da mesma idade. A explicação aqui é que as depressões da cadeia foram feitas por projéteis de baixo ângulo viajando rapidamente, mas com uma velocidade mais baixa do que os projéteis cósmicos. Desse modo, essas crateras nunca se parecem com os impactos principais, e quando elas se formaram de forma simultânea elas foram degradadas instantaneamente. Muitas partes da cadeia são banhadas por um material suave que é provavelmente outro tipo de material ejetado pela Bacia Orientale que talvez chegou um pouco mais tarde do que os materiais mais pesados que geraram as depressões. Como as cadeias de crateras secundárias da Tycho e da Copernicus nós podemos imaginar que essa cadeia também aparece como um imenso raio brilhante.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/June+28%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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