A maioria das galáxias possui um único núcleo. Então por que a galáxia mostrada acima possui quatro núcleos? A estranha resposta leva os astrônomos a concluírem que o núcleo da galáxia ao redor não está sendo observado nessa imagem. A imagem semelhante a uma folha de trevo é na verdade a luz emitida de um quasar que está em segundo plano. O campo gravitacional da galáxia visível em primeiro plano quebra a luz do quasar distante em quatro imagens distintas (veja o vídeo abaixo para entender como esse fenômeno funciona). O quasar, logicamente, precisa estar alinhado bem atrás do centro da galáxia massiva para que um efeito de miragem como esse possa ficar assim tão evidente. O efeito geral é conhecido como lente gravitacional e esse caso específico é conhecido como a Cruz de Einstein. Mais estranho ainda é o fato das imagens da Cruz de Einstein ter seu brilho variável, sendo realçado ocasionalmente por um efeito adicional de uma microlente gravitacional, efeito esse gerado por estrelas específicas localizadas na galáxia em primeiro plano.
O tema lentes gravitacionais, a princípio é um tema que requer um grande conhecimento matemático e de relatividade para ser completamente entendido. Separei um artigo que foge um pouco a isso. O artigo apresenta um atlas das lentes gravitacionais mais exóticas previstas por observações e modelagem. Podemos dizer que é um artigo “mais leve”, no que diz respeito a esse misterioso e impressionante tema da cosmologia moderna.
Fonte:
http://apod.nasa.gov/apod/ap130102.html