Quando observamos imagens da Lua, normalmente nossa atenção é diretamente voltada para a feição principal mostrada na imagem. No caso da imagem acima o que chama a atenção logo de cara é a bela imagem conseguida da cratera Archimedes com seu assoalho perfurado por crateras e a bela sombra gerada pelo seu anel. Porém, as vezes, olhando ao redor da feição principal e em estruturas em segundo plano podemos encontrar sempre alguma coisa de interesse. Mas antes de explorarmos os arredores do anel podemos observar a cadeia de mar que cruza parte do assoalho da Archimedes. Essa cadeia de mar é incomum, talvez, até mesmo rara, para uma cadeia ocorrer no assoalho de uma cratera. Na imagem da ferramenta da sonda LRO, o Quick Map Path, podemos ver que isso não é apenas uma cadeia de mar, mas uma borda, talvez uma falha, com o lado norte sendo 40 metros mais alto que o lado sul. Um pouco ao norte da cratera Archimedes está o pico com 1.4 km de altura denominado de Archimedes Episilon, que é uma tripla junção com cadeias de mares espaçadas com ângulo de 120 graus. As cadeias de mares nunca haviam sido estudadas em tanto detalhe como outras feições lunares, mas elas tendem a marcar a topografia enterrada como os anéis internos de bacias e anéis de crateras.
A longa cadeia que se estende para a região superior direita é provavelmente parte de um anel interno da Bacia Imbrium, mas não se sabe o que causou as outras duas cadeias mais curtas. No lado sul da Archimedes está um terreno rugoso e repleto de colinas cortado por dois vastos canais. Para a direita das montanhas é muito menos rugoso. Esse terreno é cortado por canais muito mais finos. Na imagem do QuickMap (abaixo) pode-se observar muitas cavidades menores, sugerindo que essa unidade poderia ser parte do material ejetado durante a formação da Archimedes, sendo que quase todo o resto tem sido coberto pelas lavas de mar.
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