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17 de novembro de 2024

A Imensidão do Cosmos

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Por – Elis Lopes

“Poderia viver encerrado numa casca de noz e julgar-me o rei do espaço infinito?” – Shakespeare

Você já parou para pensar o quão grande é o nosso Universo? A quantidade de história que temos que descobrir desses 13,7 bilhões de anos? E na possibilidade de um universo infinito e plano? Bom, temos muito o que nos questionar quando se trata do Universo, esse “livro” cheio de histórias para nos contar, com inúmeras surpresas e desafios. Afinal nós estamos aqui, grãos de areia pensantes no nosso pálido ponto azul sustentado por um raio de luz chamado planeta Terra.

Quando pensamos sobre o quanto a vida parece ser rara nessa imensidão e a quantidade de processos que precisam ocorrer para que essa rara e frágil vida floresça, parece até que somos especiais por ter ocorrido justo aqui todos esses processos perfeitamente. Por exemplo, dependendo da estrela ( no nosso caso uma estrela de sequência principal tipo G2) o planeta tem que se encontrar a uma distância favorável para que não seja nem muito quente e nem muito frio ( a chamada zona habitável), o planeta também precisa passar por várias etapas para adquirir um bom campo magnético, uma atmosfera, campo elétrico, ter uma órbita estável, no caso da Terra a inclinação  ( de cerca de 23º) também é importante para ocorrer as estações do ano, ter um satélite natural que como a nossa Lua controla as marés, o calor interno da Terra, entre outras coisas… isso é apenas algumas das incontáveis coisas que precisam ocorrer para o planeta suportar vida. Mas como disse Carl Sagan “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.”

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Claro que podemos ponderar a hipótese de existir vida de diferentes formas, como por exemplo sem necessitar de oxigênio ou água, mas nós buscamos a vida em outros mundos baseado no que nós entendemos como vida e o que nós conhecemos até agora necessita desses recursos. E não podemos nos esquecer que quando falamos em vida é vida microbiana, já que os cientistas (em sua maioria) não achem que exista vida inteligente.

Bom, passando pela complexidade da vida, temos também vários tópicos fascinantes quando se trata do nosso universo, como buracos negros, quasares, estrelas de nêutrons, nebulosas, galáxias, matéria e energia escura, etc… Falemos então de um tópico que (creio eu) todo mundo gosta, os famosos buracos negros. Para chegarmos lá (nos buracos negros), temos que passar pelo ciclo de vida das estrelas, para ficar mais fácil vou colocar uma imagem que explique bem essa parte para podermos ir direto ao ponto:

Depois desse processo (como mostra a imagem), temos enfim um buraco negro estelar que é originado pelo colapso gravitacional de estrelas mais massivas que nosso Sol ( cerca de 8 massas solares). O buraco negro pode ter sua massa equivalente a algumas massas solares e é tão denso que deforma o espaço-tempo tendo uma imensa atração gravitacional, onde nem a luz, com sua altíssima velocidade de cerca de 300.000 km/s, não consegue escapar, temos aí a radiação Hawking que seria um tipo de radiação térmica emitida pelo buraco negro elaborada pelo grande  físico Stephen Hawking mas não vamos nos aprofundar nela aqui. A velocidade de rotação dos buracos negros também é bem elevada, e com todo esse cenário sempre que fala em buracos negros temos em mente uma situação meia caótica.

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Deixando os buracos negros, agora veremos na imagem abaixo feita pelo telescópio espacial Hubble que retrata bem a m imensidão do cosmos!

Onde cada “pontinho luminoso” é uma entre as bilhões de galáxias existentes, onde em cada galáxia temos mais bilhões de estrelas que podem estar  rodeadas por planetas  no nosso imenso universo.

Parando para refletir um pouco, podemos concluir que nós estamos embarcando em uma nave espacial rumo ao desconhecido, ao inexplorado, onde a ciência é o nosso piloto, a imaginação nosso copiloto e o não saber é a nossa musa inspiradora para estar sempre nos instigando a saber mais e mais.

E nesse texto poderíamos encaixar uma “moral da história”, que seria: Lembre-se sempre de olhar para os céus e pensar no quão ínfimo você é perante toda essa vastidão mergulhada parcialmente no desconhecido, mas também lembre-se no quão importante é você para ajudar a ciência a desbravar esse “mar do desconhecido”.

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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