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A Identificação de Antigas Crateras da Lua


A imagem acima é uma bela imagem que define com clareza os intrigantes padrões de cadeias, domos e canais observados no Mare Tranquilitatis na Lua. Mas a nossa atenção imediatamente pode ser voltada para a direção oeste para uma vaga pista de algo que é muito comum na Lua mas normalmente não recebe a devida atenção. A Lua cresceu por meio da agregação de milhões ou talvez bilhões de rochas que colidiram juntas, a maior parte crescendo vagarosamente até chegar a uma esfera grande. Assim, a superfície da Lua sempre teve uma grande concentração de crateras de impacto, uma em cima da outra, as grandes apagando as pequenas, e as pequenas se acumulando nos anéis das grandes. A maior parte dessas crateras que se formaram na Lua não são mais visíveis e as mais antigas que podem ter um pequeno pedaço visível estão por toda a parte. Na imagem acima pode-se notar uma dessas possíveis relíquias de crateras entre a Julius Caesar e a Agrippa na parte superior esquerda da imagem. Se você tentar olhar e não conseguir observá-la, veja a imagem abaixo. A parte mais forte de um possível anel aparece ao norte da Agrippa e a curvatura é sutil mas continua para leste. O lado oeste desse possível anel está perdido de modo que o diâmetro dessa cratera e a sua existência não podem ser determinadas com precisão, mas aparentemente ela tinha o mesmo diâmetro da cratera Julius Caesar. Vários outros exemplos de feições que um dia puderam ter sido crateras podem ser encontrados por toda a Lua.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/November+10%2C+2011


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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